Política

Em debate, Chinaglia diz que há preconceito e ódio contra PT

O candidato do PT à presidência da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (SP), classificou como preconceito, demonstração de ódio ao PT as críticas de partidos ali

O candidato do PT à presidência da Câmara, deputado Arlindo Chinaglia (SP), classificou como "preconceito, demonstração de ódio ao PT" as críticas de partidos aliados a insistência do PT em participar da disputa pelo comando da Câmara. O assunto veio à tona no debate da TV Câmara entre os três parlamentares que disputam o cargo. Além de Chinaglia também participam Aldo Rebelo (PC do B-SP), que tenta a reeleição, e Gustavo Fruet (PSDB-PR).

Ao ser questionado sobre declarações de lideranças de partidos aliados, como o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB-PE), e o deputado eleito Ciro Gomes (PSB-CE), de que o PT "tem apetite por cargos" e uma demonstração disso foi não ter aberto mão de disputar o comando da Câmara, Chinaglia disse que as declarações revelam uma disputa política entre os dois.

"Não vejo que a disputa política entre Eduardo Campos e Ciro Gomes pode ser trazida para a disputa pela presidência da Câmara", disse.

O deputado saiu em defesa do PT. "O PT tem erros, não é um partido perfeito. Se o PT tem poder é porque o povo quis. Qual é o preconceito, o ódio contra o PT?", questionou, observando que o partido elegeu a segunda maior bancada além de cinco governadores na última eleição e que,por isso, ganhou o direito de comandar a Câmara. "Daqui a pouco vão questionar a eleição do Lula", emendou.

Outros temas

Os candidatos também foram questionados sobre o aumento salarial, reforma política, projetos de segurança pública e questões éticas. Os três candidatos mantiveram o discurso acerca destas questões.

Aldo e Chinaglia defenderam um teto para o poder Legislativo como forma de elevar os salários dos deputados ao nível dos demais poderes. Fruet disse que o teto é importante, mas tem que ser limitador e não "um ponto para se chegar aos salários mais altos do Brasil".

Com relação a reforma política, Chinaglia se comprometeu a instituir uma comissão especial para tratar do assunto. O petista defendeu a fidelidade partidária e o financiamento público de campanha. Ao comentar o tema, o presidente da Câmara alfinetou Chinaglia. "Quando alguém achar que em nome da democracia pode restringir liberdades estaremos nos distanciando do conceito de democracia", afirmou.

Na mesma linha, Fruet disse que a reforma política é importante para se evitar acordos como o firmado pelo candidato petista com o PMDB de revezamento no comando da Câmara. 

Folha Online

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