A forte explosão registrada nesta segunda-feira em um quartel da polícia de Gaza forçou a suspensão de uma reunião entre o premiê palestino, Ismail Haniyeh, representantes do presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, e um mediador egípcio.
A explosão se deu na estação de Al Abas, que fica a cerca de quatro quarteirões do escritório de Haniyeh, pouco antes de o premiê sair do gabinete para se encaminhar para a reunião. Os primeiros rumores sobre o ataque chegaram a especular se as bombas não teriam como alvo o escritório de Haniyeh.
Oficiais locais afirmaram que, apesar de o alvo do ataque não ter sido Haniyeh, a reunião teve de ser suspensa.
Duas pessoas ficaram feridas na explosão, que foi realizada com uso de um foguete antitanque de baixo calibre, de acordo com a polícia. O ato desencadeou tiroteios na parte oeste da cidade.
Até agora, nenhum grupo armado assumiu a autoria do atentado, ocorrido após a morte de ao menos oito palestinos em choques de facções rivais nas ruas de Gaza. Desde o início da atual espiral de violência, ao menos 34 palestinos morreram.
Outros ataques
Também hoje, uma explosão sacudiu a região do campo de refugiados de Shati, próximo à casa de Ismail Haniyeh, pouco após o anoitecer, segundo o relato de testemunhas citadas pela agência de notícias Associated Press.
Não há até o momento relatos a respeito de vítimas da explosão. O ataque não foi confirmado pelo governo palestino.
O grupo extremista islâmico Hamas, ao qual Haniyeh é ligado, e o grupo rival Fatah enfrentam há meses uma disputa de poder político que já desencadeou diversos confrontos violentos. O Hamas e o Fatah possuem braços armados e políticos.
Enquanto o Hamas controla o governo palestino, o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, é líder do Fatah. Negociações para a formação de um governo de coalizão entre os dois partidos falharam repetidamente.
Folha Online