Soldados americanos e iraquianos mataram cerca de 300 militantes em confrontos em volta da cidade de Najaf, segundo a polícia do Iraque. A batalha ocorreu durante todo o domingo. Soldados americanos deram apoio ao Exército iraquiano, que percorria a área em busca de militantes e lutou contra grupos não identificados nos arredores de Najaf.
Asaad Abu Gilel, o governador da província de Najaf, disse que os atiradores tinham como objetivo atacar clérigos xiitas e peregrinos que estão participando de um festival sagrado.
"Eles estão bem equipados e têm até mísseis antiaéreos. Eles têm o apoio de alguns moradores locais", afirmou Gilel.
Fontes não identificadas iraquianas afirmaram que os insurgentes são de um grupo militante desconhecido, que se autodenomina Exército do Paraíso ou Soldados do Paraíso.
Três soldados iraquianos teriam morrido na batalha e 21 teriam sido feridos.
Os militares americanos afirmaram que dois de seus soldados morreram quando um de seus helicópteros foi derrubado, mas não confirmaram nenhum dos feridos entre os iraquianos.
O analista da BBC Mike Wooldridge disse que ainda não há confirmação independente do número de mortos e feridos, nem da identificação dos homens armados.
Onda de ataques
A última onda de violência ocorre no momento em que muçulmanos xiitas marcam o festival religioso de Ashura.
Milhares de peregrinos de todo o Iraque e de outros locais foram até Karbala para participar de cerimônias que marcam o martírio do Imã Hussein, um neto do profeta Maomé, em 680.
Neste domingo, cinco estudantes foram mortas em um ataque com morteiros contra uma escola para meninas em Bagdá. Outras cinco crianças foram mortas quando um suicida explodiu um caminhão perto de uma escola na cidade de Ramadi.
Apenas no fim de semana, a polícia iraquiana afirmou que 94 corpos não identificados foram encontrados dentro e fora de Bagdá.
A ONU afirma que, em média, cerca de cem pessoas morrem devido à violência no Iraque por dia.
BBC Brasil