Cotidiano

Clínicas de luxo atraem mais estrangeiros ao Brasil

A lista de encantos do País cresceu. Uma grande clientela tem visitado cidades brasileiras como São Paulo, Recife, Fortaleza e Rio de Janeiro para realizar trat

A lista de encantos do País cresceu. Uma grande clientela tem visitado cidades brasileiras como São Paulo, Recife, Fortaleza e Rio de Janeiro para realizar tratamentos cirúrgicos, clínicos e estéticos. Os principais atrativos são a excelência médica, o atendimento com padrão internacional e os preços entre três e dez vezes menores. Além disso, existe a possibilidade de conhecer algumas paisagens maravilhosas. 

Por causa do renome dos cirurgiões plásticos brasileiros, a especialidade ainda é a preferida, mas cresce a procura por cirurgias de obesidade, entre outras. “Somos bastante avançados no uso desse método para tratamento da obesidade em relação aos países europeus”, explica o cirurgião bariátrico Almino Cardoso Ramos, de São Paulo. No campo da infertilidade, um dos diferenciais é que aqui se pode transferir até quatro embriões (óvulos fertilizados pelo espermatozóide) para o útero da paciente por procedimento. Em países como a Alemanha, são dois por tentativa. 

A cordialidade também conta pontos. A dermatologista Ligia Kogos, de São Paulo, observa que os estrangeiros se impressionam com a relação médico-paciente, o ambiente luxuoso e a quantidade de pessoas para atendê-los. “Eles elogiam o relacionamento afetuoso”, explica. Os procedimentos mais solicitados pelos estrangeiros a ela são as aplicações de bottox, o rejuvenescimento a laser e os preenchimentos faciais.

Atentos ao potencial do filão, que mobiliza investimentos em todo o mundo, cinco hospitais de primeira linha (entre eles o Sírio-Libanês e o Samaritano, de São Paulo, e o Moinhos de Vento, de Porto Alegre) já uniram forças com outras instituições para promover a exportação de serviços de saúde brasileiros para os mercados da América Latina, Caribe, África e Oriente Médio. Metade do R$ 1,3 milhão destinado a essa atividade em 2006 veio do governo. Há também empresas como a Sphera, criada há um ano pelo executivo Morris Lifschitz, que foi vice-presidente do Hospital Israelita Albert Einstein. Por mês, ele traz entre dez e 15 estrangeiros para serem operados no Brasil. “Atendo um público que costumava ir para os Estados Unidos ou Canadá”, explica. Sempre que possível, a recuperação do turista-paciente é em um spa. Lifschitz também organiza o roteiro de consultas e exames de famílias de alto poder aquisitivo do Norte e Nordeste que desejam vir aos hospitais de São Paulo ou preferem as clínicas americanas.

Com o setor em franca expansão, o governo brasileiro começa a mostrar preocupação com a qualidade e seriedade dos serviços. Na internet, por exemplo, há inúmeros sites em inglês e agências de turismo anunciando os mais variados procedimentos no Brasil a preços convidativos. Um deles, o CosmeticVacations, menciona o Hospital da Plástica, no Rio de Janeiro, como uma das suas opções. Procurado pela reportagem de ISTOÉ, o hospital negou a realização de operações em turistas estrangeiros.

Para pôr ordem na casa e regulamentar o setor, o governo promete lançar em 2007 um pacote de medidas. “É fundamental haver instrumentos de fiscalização e incentivo”, afirma Susi Martinelli, coordenadora de um levantamento concluído recentemente sobre o panorama internacional do segmento feito para o Ministério do Turismo. Susi cita como bom exemplo a Índia, que permite a importação de equipamentos médicos de última geração sem barreiras burocráticas e criou um visto especial com permanência de um ano para os turistas-pacientes. O visto normal dá estadia de três meses. É para lá e para a Alemanha que têm convergido os ricos do Golfo Pérsico que evitam ir aos Estados Unidos depois do ataque terrorista de 2001. 

Fonte: Terra

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