Carlos Eduardo Toledo de Lima, o quinto envolvido no assalto que resultou na morte do menino João Hélio Fernandes, 6, e que foi preso na manhã deste domingo, ameaçou matar os comparsas, caso fosse denunciada sua participação. A ameaça foi revelada à polícia por Carlos Roberto da Silva, 21, um dos quatro presos pelo crime.
Para o delegado Adilson Palácio, a tentativa dos presos de ocultar a participação de Carlos Eduardo e o temor que demonstraram indicam que ele é o líder da quadrilha.
Segundo o delegado, os presos já tinham combinado a partilha do fruto do roubo: as rodas do Corsa, que era dirigido pela mãe de João Hélio, ficariam com Tiago, que dirigiu o táxi. Os pertences da mãe e da irmã da criança seriam divididos entre todos, e Diego Nascimento Silva ficaria encarregado do desmanche do automóvel.
Segundo o delegado, os depoimentos colhidos dos presos Thiago Abreu Matos, Carlos Roberto, Diego e do jovem de 16 anos mostram que todos eles tinham conhecimento de que praticariam um roubo.
O delegado Hércules Nascimento disse que Thiago e Carlos Roberto, que levaram o grupo no táxi, serão indiciados por roubo e formação de quadrilha. Diego, Carlos Eduardo e o jovem, que estavam no Corsa, serão acusados por latrocínio (roubo seguido de morte) e formação de quadrilha.
Prisão
Lima, que tem antecedentes criminais, se apresentou à polícia neste domingo, após negociação. Ele negou envolvimento no crime.
A polícia deve fazer uma acareação entre os suspeitos.
Em depoimento à Polícia Civil, ao menos um dos suspeitos o Diego havia dito que não sabia que o menino havia ficado preso ao cinto de segurança. Uma testemunha do crime, porém, diz que alertou os ocupantes do carro de que havia uma criança pendurada do lado de fora, mas eles responderam que era "um boneco de Judas".
Folha