O senador José Maranhão anunciou no início da tarde deste domingo (11) a intenção de garantir a constituição de diretórios do PMDB em todos os 223 municípios da Paraíba. Ele convocou as lideranças do partido para ampliar as bases da legenda no Estado em pronunciamento feito durante convenção estadual do PMDB, com a meta de ampliar de 823 para 223 o número de diretório municipais da legenda com vistas às eleições de 2008.
Consagrado presidente do PMDB paraibano, Maranhão defendeu o lançamento de candidaturas próprias a prefeito, ao mesmo tempo em que sinalizou para reedição de alianças em que o PMDB apóia candidatos de outros partidos, a exemplo de João Pessoa. “A prática democrática sugere as alianças partidárias e nós já temos aliados fortes como o PT, PSB, PC do B, PRB e o PMN que podem construir alianças municipais “, declarou.
Em entrevista, Maranhão descartou acordos políticos com o senador Cícero Lucena, do PSDB, com que foi flagrado conversando na sessão de posse no Senado Federal. Maranhão disse que tudo não passou de civilidades.
“Nos sentamos nas cadeiras reservadas à bancada da Paraíba. E nada justificaria, em função dessa proximidade física, a não ser por muita ignorância, que não tivéssemos conversado de forma civilizada. Mas no plano político nenhum fato novo. No plano institucional, tanto eu quanto toda a bancada vamos trabalhar coerentes em defesa dos projetos da Paraíba “, afirmou.
No discurso, o senador voltou a acusar o governador Cássio Cunha Lima de ter praticado crime eleitoral na campanha de 2006. Maranhão disse que Cássio criou uma verdadeira ´máquina de corrupção eleitoral’, usando de todos os instrumentos para comprar lideranças. E fez projeções para cassação do tucano, criticando a leitura de que seu processo de cassação, a ser julgado amanhã pelo TRE, é semelhante ao de Cássio.
“Isso é uma estratégia de marketing montada exatamente para fazer uma confusão e tirar o foco da opinião pública sobre as fraudes que foram vistas por toda a Paraíba”, destacou.
Maranhão aproveitou ainda para fazer um agradecimento a todos os partidos aliados do PMDB. E destacou que a aliança com o PT, tanto em nível nacional quanto estadual, não é oportunista.
Saudado por deputados, prefeitos e militantes do PMDB, o senador amenizou a ausência de Ney no momento dos discursos. “Não existe nenhuma dificuldade entre mim e Ney. Nós conversamos em Brasília e ele me disse que iria votar, mas não iria permanecer na convenção, de forma que não há nenhuma novidade. É claro que se o senador Ney Suassuna tivesse comigo dificuldades instransponíveis nem teria comparecido para votar em mim ou nem teria comparecido com uma chapa diferente ‘,, declarou Maranhão.
Luís Tôrres
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