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Otan diz que escudo antimísseis não visa a Rússia

O sistema antimísseis que os Estados Unidos pretendem instalar na Europa, e um eventual escudo similar da Otan, não serão […]

O sistema antimísseis que os Estados Unidos pretendem instalar na Europa, e um eventual escudo similar da Otan, não serão direcionados contra a Rússia, assegurou hoje o secretário-geral adjunto da Aliança Atlântica para Política e Planejamento de Defesa, John Colston.
"É evidente que o Sistema de Defesa Nacional Antimísseis dos EUA (NMD), da mesma forma que um possível escudo análogo da Otan, não será dirigido contra o potencial militar da Rússia", afirmou Colston, em entrevista coletiva na capital da Lituânia, Vilnius.

Suas palavras foram compartilhadas pelo ministro de Exteriores lituano, Petras Vaitiekunas, que assegurou que o futuro escudo nuclear dos EUA elevará a segurança regional na Europa.

"Este sistema, que tem o objetivo de enfrentar possíveis atos hostis da Coréia do Norte e do Irã contra os países europeus e outros Estados, fortalece a segurança e a estabilidade na região", assinalou Vaitiekunas.

"Além disso, o futuro escudo antimísseis americano, com toda a certeza, não será direcionado contra a Rússia", acrescentou, em referência aos protestos russos contra o possível posicionamento de elementos desse sistema próximo às fronteiras do país, na Polônia e na República Checa.

Começou hoje na capital da Lituânia uma reunião de dois dias do grupo de trabalho do Conselho Otan-Rússia, centrada nos planos de cooperação militar. A parte russa aproveitou para manifestar sua preocupação com o possível posicionamento do NMD na Europa.

A Rússia considera que os planos dos EUA de instalar um radar militar na República Tcheca e uma base antimísseis na Polônia representam uma ameaça direta à segurança russa, assim como a ampliação da Otan em direção às fronteiras do país, O chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, afirmou ontem que a criação do escudo antimísseis americano pode despertar "tentações de utilizá-lo contra a Rússia no futuro".

Lavrov lembrou que Moscou havia proposto à Otan a criação conjunta de um "sistema de defesa contra mísseis de guerra", e que as negociações haviam sido interrompidas logo depois que os EUA lançaram seu próprio projeto de escudo antimísseis.

"A instalação de elementos do escudo antimísseis na Europa fragiliza o equilíbrio de forças que garantiu a segurança no continente durante 20 anos", disse hoje, em Vilnius, o governador do enclave báltico russo de Kaliningrado, Gueorgui Boos.

"Isso significa que aparecerão novos alvos em território europeu, e não quero nem falar sobre quem poderia atacá-los", acrescentou Boos.

Em reação aos planos americanos, a Rússia ameaçou retirar-se unilateralmente do Tratado de Forças Nucleares de Médio Alcance (INF, sigla em inglês), assinado em 1987 pelos Estados Unidos e pela antiga União Soviética, e apontar seus próprios mísseis para a Polônia e a República Tcheca.

Terra

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