O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva anunciou que Luiz Marinho será o ministro do Trabalho em sua gestão, que começa em janeiro de 2023.
Durante greves no final da década de 1970, Luiz Marinho, que era metalúrgico, conheceu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
- Em 1984, Marinho entrou para a diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, entidade na qual Lula se consagrou como líder sindical. Em 1996, se tornou presidente da entidade e ocupou o cargo até 2003.
- Nas eleições de 2002, foi candidato a vice-governador de São Paulo na chapa encabeçada pelo também petista José Genoino, derrotada pelo tucano Geraldo Alckmin. Em 2018, concorreu ao governo de São Paulo, mas acabou em quarto lugar.
- Eleito presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em 2003, dois anos depois recebeu convite para comandar o Ministério do Trabalho, cargo que ocupou até o março de 2007.
- Também foi ministro da Previdência Social no segundo mandato de Lula.
- Foi prefeito de São Bernardo do Campo entre 2009 e 2016.
- Nas eleições municipais de 2020, tentou retornar à prefeitura de São Bernardo do Campo, mas foi derrotado ainda no primeiro turno pelo candidato à reeleição Orlando Morando (PSDB).
- Marinho Marinho também é o presidente do diretório estadual do PT em São Paulo e foi eleito deputado federal pelo partido, no estado, nas eleições deste ano.
Durante os trabalhos da equipe de transição, o grupo que discutiu mercado de trabalho informou que vai propor o abandono das propostas do governo Jair Bolsonaro que tratam da criação da chamada carteira verde amarela e da reforma administrativa.
A carteira verde e amarela foi uma proposta de flexibilização de regras trabalhistas elaborada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, com a finalidade de estimular o emprego de jovens ao reduzir os custos das contratações de funcionários pelas empresas.
Uma medida provisória sobre o tema chegou a ser enviada em 2020, mas foi revogada. Mas ainda há um projeto de lei com teor semelhante em andamento no Legislativo.
Já a reforma administrativa, já aprovada em uma comissão especial da Câmara, também deverá ser retirada de pauta, segundo as recomendações da equipe de transição.
O texto foi enviado ao Legislativo em setembro de 2020, e tem como objetivo alterar as regras para os futuros servidores dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário da União, estados e municípios.