Cripto

Caso Braiscompany: ‘dicionário de criptomoedas’ do ClickPB ajuda a entender termos utilizados no mercado

Conforme trouxe o ClickPB, a Brais e seus proprietários têm sido alvo de uma operação da Polícia Federal que tem objetivo de combater crimes no sistema financeiro e contra mercado de capitais.

Caso Braiscompany: 'dicionário de criptomoedas' do ClickPB ajuda a entender termos utilizados no mercado

​Vale lembrar que até momento o casal Ais, Antônio e Fabrícia, seguem foragidos, com alertas de busca inclusive na Polícia Internacional (Interpol). — Foto:Reprodução

A crise que se instaurou na empresa Braiscompany, de Campina Grande, trouxe a público inúmeros termos que fazem parte do dia dia do mundo de quem atua com o mercado financeiro e em especial com criptomoedas. Conforme trouxe o ClickPB, a Brais e seus proprietários têm sido alvo de uma operação da Polícia Federal que tem objetivo de combater crimes no sistema financeiro e contra mercado de capitais. 

A operação é denominada de Halving . O termo é utilizado para se referir ao processo que é utilizado como um dos mecanismos que impede a emissão descontrolada de novas moedas, na medida em que remove mineradores menos eficientes do mercado. O ‘Halving’ acontece geralmente de quatro em quatro anos, ou seja, a cada 210 mil novos blocos.  Segundo a PF, este período converge com o tempo em que a empresa paraibana passou a crescer e tornou-se ‘dor de cabeça’ para os investidores, com o atraso de pagamentos. 

| LEIA MAIS SOBRE BRAISCOMPANY:

Mineração trata-se do processo pelo qual novos bitcoins são criados. É por meio deste mecanismo que ocorre a validação das transações feitas na blockchain. Blockchain, em tradução livre significa uma “cadeia de blocos”, é a rede que é base do Bitcoin. Funciona como um “grande livro-caixa públic”o, onde são registradas todas as transações de forma rápida e segura.

O ‘Bitcoin’, com B maiúsculo, se refere a criptomoeda criada por Satoshi Nakamoto em 2008, a primeira moeda virtual descentralizada, anônima e criptografada. Também atende pela sigla de BTC. Ele é diferente do bitcoin, com ‘b’ minúsculo, que é termo utilizado para fazer referência a unidade monetária do Bitcoin.

Estas criptomoedas podem ser guardadas de forma segura pelo investidor em uma “wallet“, ou seja, uma carteira. Lá eles podem ser depositadas até o momento de venda e/ou troca.

| LEIA MAIS SOBRE BRAISCOMPANY:

Normalmente, um outro termo, token, é confundido como uma criptomoeda. No entanto, não coisas diferentes. Utilizando a lógica do mercado convencional, ele é uma espécie de “ação” comprada em forma de criptos. Ou seja, enquanto as criptomoedas foram criadas com o propósito de serem moedas, os tokens foram criados para serem distribuídos a pessoas com promessas de valerem algo no futuro. 

Um outro termo bastante visualizado nos últimos dias é o de “trader“. Ele é usado para mencionar um investidor que tem como objetivo ganhar dinheiro com operações de curto prazo aproveitando a volatilidade do mercado. Em conteúdos publicitários, não era raro observar-se até o desandar da operação Halving, a classificação de Antônio Neto Ais, como um “grande trader”. 

Vale lembrar que até momento o casal Ais, Antônio e Fabrícia, seguem foragidos, com alertas de busca inclusive na Polícia Internacional (Interpol). Confira outros termos:

  • ATH: conhecido como ‘All Time High’, este acrónimo pode ser útil do ponto de vista de trading, pois define o preço mais alto já atingido de uma moeda ou token. Naturalmente, este é um bom número para estar ciente e avaliar quando está a considerar os seus pontos de entrada e saída ao negociar CFDs de criptomoedas.
  • Bitcoin: bitcoin, com “B” maiúsculo, é o nome da criptomoeda criada por Satoshi Nakamoto em 2008, a primeira moeda virtual descentralizada, anônima e criptografada. Já bitcoin, com “b” minúsculo, é a unidade monetária do Bitcoin.
  • Blockchain: blockchain (literalmente “cadeia de blocos”) é o nome que foi dado à rede que é a base do Bitcoin: ela funciona como um grande livro-caixa público, onde são registradas todas as transações de forma rápida e segura.
  • BTC: no dicionário cripto, BTC é a abreviação do nome da criptomoeda Bitcoin.
  • Bullish: comportamento agressivo do gráfico de baixo pra cima, subindo, imitando uma chifrada de touro (caracterizado por uma subida grande e uma descida curta).
  • Broker: corretor de criptomoedas. É uma espécie de intermediador que atua no mercado fazendo a conexão entre as duas principais partes interessadas em uma negociação: o interessado em comprar e o que coloca o produto/serviço à venda.
  • Carteira (Wallet): em inglês Wallet, é onde o investidor pode guardar suas moedas digitais de forma mais segura até o momento de venda e/ou troca.
  • Criptoativo: sim, criptoativos e criptomoedas não são a mesma coisa. Criptoativo é um ativo digital que não funciona em uma rede blockchain. Na prática, ele pode ser qualquer coisa que tenha valor no mundo real e que pode ser representado digitalmente, como um título e até as moedas fiduciárias (real, dólar e euro, por exemplo). Apesar de não atuarem em blockchain, os criptoativos também são protegidos por criptografia. 
  • Custódia: ter a propriedadade de ativos sob seu controle. Manter a custódia de uma carteira e seus ativos também significa manter as chaves privadas e a responsabilidade de manter os fundos seguros. A Coinext, por exemplo, mantém a custódia dos ativos dos seus clientes.
  • Day Trader: trader que faz movimentos rápidos, comprando e vendendo. No geral, obtém lucros menores, porém com uma frequência muito maior.
  • Exchange: são como corretoras de valores, só que especializadas em criptomoedas e criptoativos. Elas fazem a intermediação entre as pessoas e o mercado de criptos.
  • Forking: mais um termo de blockchain, ‘bifurcação’ ou ‘fork’ é usado para descrever quando um blockchain específico divide-se em duas partes diferentes – como quando uma Bitcoin ‘bifurcada’ e uma cadeia desse blockchain específico se torna Bitcoin Cash (BCH).
  • Halving: quem minera criptomoedas não faz isso de graça. Em geral, os mineradores recebem a própria criptomoeda da blockchain onde estão minerando como recompensa. No caso do bitcoin, essa recompensa vai diminuindo a cada quatro anos. Esta redução se chama halving. Hoje, um minerador recebe em torno de seis bitcoins a cada bloco minerado na rede Bitcoin. Mas este pagamento já foi de 50 bitcoins. 
  • HODL (ou Hold): “Hold” significa segurar, em português. No mundo dos investimentos, “hold” representa a estratégia de comprar um ativo e ficar com ele por um bom tempo antes de vendê-lo. Se você ler essa palavra escrita de forma errada (“Hodl”), não se preocupe. É dessa forma que a comunidade de criptos escreve ao falar sobre essa estratégia.   
  • Input: endereço de origem de uma transação com bitcoin. 
  • Ledger: é  como se fosse um livro onde todas as transações feitas em uma blockchain são registradas. É um documento que anota cada transação, mas ele não anota que tipo de informação ou documento foi enviado ou recebido. Essas informações não podem ser apagadas no livro e qualquer pessoa pode acessá-las. O ledger registra apenas os códigos que representam as pessoas que enviaram e receberam um ativo pela blockchain, e não a identificação dessas pessoas.
  • Maker: você se torna um Maker quando inclui uma ordem e ela não é negociada imediatamente. Portanto, sua ordem permanece no livro de ofertas (book) e aguarda que outra pessoa envie uma ordem contrária para que a sua seja executada.
  • Mineração: mineração é o processo pelo qual novos bitcoins são criados. É também o mecanismo de validação das transações feitas na Blockchain.
  • NFT: outra palavra importante do dicionário cripto é o NFT que significa token não fungível e pode ser uma obra de arte, uma imagem, uma foto, um item colecionável ou qualquer bem único e original com valor monetário. A proposta é entregar aos seus detentores algo exclusivo que, devido à sua singularidade, tem características de individualidade e escassez.
  • Output: se o input é o endereço de origem de uma transação com bitcoin, o output é o endereço de destino. 
  • Paper Wallet: uma paper wallet (carteira de papel) consiste em um pedaço de papel no qual as chaves públicas e privadas de um endereço de criptomoeda são impressas fisicamente. Essas teclas geralmente são exibidas como códigos QR, juntamente com suas respectivas cadeias alfanuméricas.
  • Phishing: phishing é uma técnica utilizada para aplicar golpes/fraudes. Consiste em se passar por uma empresa e pedir os dados privados dos clientes. No mercado de criptomoedas, costuma ser via e-mail, informando que uma de suas carteiras de criptomoedas precisa ser atualizada por motivos de segurança. No link fornecido, eles pedem para que você abra sua carteira usando sua chave privada e senha de “descriptografia”. Segundos depois, sua carteira está vazia e você acabou de se tornar vítima de um golpe de phishing. Também pode acontecer quando os fraudadores criam um site muito parecido com o da corretora que você usa para que você insira seus dados de login.
  • Pool: uma pool ou pool de mineração é um grupo que minera criptomoeda de forma conjunta. Como o processo exige energia e potência, as pessoas se unem para otimizar o processo e diminuir os custos.  
  • Pump and Dump: a tradução literal desse termo é “inflar e descartar”. No mundo das criptos, ele é conhecido como uma fraude. Nessa “técnica”, o fraudador aumenta o preço de uma cripto fazendo operações falsas para vendê-la na sequência, quando o preço dela estiver lá em cima.   
  • Pump: quando o preço de uma criptomoeda sobe muito, em um curto período de tempo.
  • Rekt: é um termo trazido do mundo dos games e que representa aquela pessoa que perdeu tudo o que tinha com criptomoedas. Cuidado para não se tornar um rekt!
  • Smart contract (contratos inteligentes): o termo está ganhando cada vez mais espaço no mundo das criptos. É uma tecnologia que permite a realização automática de acordos. Foi a rede Ethereum que permitiu a criação dessa tecnologia. Com os contratos inteligentes não é necessário nenhum órgão ou governo para fiscalizar se um contrato entre duas pessoas ou empresas foi cumprido. Isso porque, dentro da blockchain, ele é cumprido automaticamente, de acordo com as regras “escritas” nos códigos e que são irreversíveis.
  • Spread: diferença entre o preço de compra e o preço de venda no livro de ofertas (book).
  • Stablecoin: é um tipo de criptomoeda que tem seu valor atrelado a uma moeda fiduciária, usualmente o dólar. A primeira stablecoin do mercado é a tether. A ideia das stablecoins é dar mais estabilidade de preço. 
  • Swingtrader: estratégia de trade com menos operações ao longo do tempo. Se aproveita das ondas (swings) do mercado e a operação leva alguns dias.
  • Token: normalmente os tokens são confundidos com criptomoedas, porém existem diferenças. As criptomoedas são moedas criadas com o propósito de serem moedas, já os tokens são criados para serem distribuídos a pessoas com promessas de valerem algo no futuro. Comparando ambos ao mercado convencional de investimentos, as criptomoedas poderiam ser moedas como USD ou EURO, já os Tokens seriam as Ações de uma empresa.
  • Trader: investidor que tem como objetivo ganhar dinheiro com operações de curto prazo aproveitando a volatilidade do mercado.
  • Whale (Baleia): uma ‘whale’ (baleia) é considerada um indivíduo ou entidade que possui uma quantidade significativa de criptomoeda – por exemplo, 1.000 BTC ou mais, para escala.

COMPARTILHE

Bombando em Brasil

1

Brasil

Ferrari processa homem por criar e vender réplica de carro em São Paulo

2

Brasil

‘Somente para brancos’: alunos de direito fixam cartaz em sala para simular segregação racial; colegas denunciam racismo

3

Brasil

Carroceria de caminhão se solta durante viagem e esmaga a própria cabine

4

Brasil

Plano para matar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes teria sido discutido na casa de ex-ministro de Bolsonaro, diz investigação da PF

5

Brasil

Fundador da igreja Bola de Neve morre em acidente de moto no interior de São Paulo