A Polícia Civil e o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) prenderam na manhã desta quinta-feira (23) no município de Nova Floresta, na divisa com o Rio Grande do Norte, um adolescente de 17 anos apontado como autor das mensagens distribuídas sobre supostos ataques crimonosos na Paraíba. A informação foi divulgada há pouco pelo jornalista Clilson Júnior, no programa Paraíba Verdade, da Rádio Arapuan FM.
Segundo o jornalista, o adolescente espalhava notícias para amedrontar a população da região, a mando da facção crimonosa Sindicato do Crime. As informações eram divulgadas principalmente nas redes sociais por meio de cards e textos com conteúdo alarmista. Na última semana, diversos municípios que fazem divisa com o RN optaram por suspender aulas em escolas municipais devido aos conteúdos das mensagens, que foram desmentidos pela Polícia Civil e pela Polícia Militar.
Os mandados de busca e apreensão expedidos pelo Poder Judiciário foram cumpridos por policiais da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (DRACO), após investigação da Delegacia de Crimes Cibernéticos (DECC) e o GAECO. Objetos eletrônicos utilizados pelo suspeito foram apreendidos. Segundo apurou a reportagem, o adolescente já foi encaminhado à sede da DECC, na central de Polícia Civil de João Pessoa, para ser ouvido sobre o caso. A justiça deverá determinar o local onde ele ficará recolhido.
O promotor Octávio Paulo Neto, coordenador do Gaeco na Paraíba, afirmou que é “inadimissível que qualquer facção atemorize a sociedade ou o estado”. Em entrevista ao jornalista Clilson Júnior, Neto informou que a ação de hoje é um dos resultados de uma força-tarefa criada pelo órgãos de segurança do estado que tem como um dos objetivos não permitir “situações similares a do Rio Grande do Norte” se instaurem em território paraibano.
“Muita gente pensa que a internet é um território sem lei, mas isso é um ledo engano. Nós temos meios capazes de identificar exatamente de ontem partem essas e outras publicações criminosas, e em parceria com o Ministério Público, estamos monitorando essas ações”, alertou delegado-geral da Polícia Civil, André Rabelo.