Bruno Lopez, apontado pelo Ministério Público de Goiás (MPGO) como o empresário chefe do esquema de manipulação de resultados no futebol brasileiro dizia em mensagens enviadas a outros participantes do crime que o esquema iria “me deixar rico”.
Conforme visto pelo ClickPB, a mensagem foi encontrada no celular do empresário, apreendido durante a Operação Penalidade Máxima 2, promovida pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) do MPGO.
Conforme o MPGO, a mensagem foi enviada por Bruno para Thiago Chambó, também investigado, e teria ligação com o jogador Fernando Neto, um dos atletas envolvidos no esquema de manipulação de resultados.
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“Esse cabeludo vai me deixar rico, em nome de Jesus”, disse Bruno se referindo ao jogador, que cumpria os objetivos pré-determinados pela quadrilha.
Entenda o caso
O Ministério Público de Goiás (MPGO) vem promovendo uma série de investigações contra um esquema de apostas esportivas promovido nos Campeonatos Brasileiro das Séries A e B, em 2022, e em alguns campeonatos estaduais deste ano.
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O crime, segundo o MPGO, começou a ser descoberto quando o presidente do Vila Nova-GO foi até o órgão e denunciou um esquema envolvendo jogadores do próprio clube.
O esquema funciona quando apostadores entram em contato com jogadores e oferecem valores altos para que eles cumpram ações em campo, como levar cartões amarelos ou vermelhos, cometeram faltas e penalidades, fazerem gols contra ou cederem laterais e escanteios.