O advogado João França, que defende Bueno Aires, preso nessa quarta-feira (14) por posse de imagens contendo abusos sexuais contra crianças, negou nesta quinta (15) que Bueno tenha cometido pedofilia contra alguma das crianças presentes nas fotos. O advogado contou que a polícia vai periciar computadores e celulares para aprofundar a investigação.
Em entrevista ao programa Arapuan Verdade, da Arapuan FM, França afirmou que ainda não tem detalhes sobre o inquérito contra Bueno.
“Ainda vou acessar os autos e analisar os documentos, mas sei que há prisão temporária e que a polícia vai colher provas. Qualquer conclusão no caso é precipitada e é preciso cautela. A polícia vai analisar o WhatsApp, o e-mail do Google e outros equipamentos. A priori, é armazenamento e compartilhamento de imagens. Pelo que eu vi, não há abuso ou conjunção carnal dele (Bueno) com menores”, disse o advogado, como visto pelo ClickPB.
O ClickPB acompanhou que o advogado não vai pedir liberação de Bueno antes do fim da prisão temporária de 30 dias estabelecida pela Justiça. Segundo ele, não faz sentido pedir a extinção da temporária, já que Bueno responde a outro processo, do caso Fiji, que também o manterá preso.
Delegado detalhou o caso
Em entrevista ao ClickPB, o delegado de Crimes Cibernéticos (DECC), João Ricardo, informou que as fotos encontradas no celular e notebook do empresário revelam cenas de sexo explícito.
“São imagens de crianças e adolescentes de cinco anos para cima. Tinha fotos que não são de agora, desde o ano passado e evoluiu. As imagens foram encontradas nos dispositivos móveis dele, como celular e notebook, que foram apreendidos”, revelou o delegado ao ClickPB.
O delegado João Ricardo disse que o próximo passo da investigação é descobrir se essas imagens encontradas nesses dispositivos móveis eram baixadas da internet ou produzidas pelo próprio Bueno Aires.
“Vamos investigar se há vítimas, se ele produziu as imagens que foram encontradas ou se só baixava da internet. Ainda não é possível dizer que as fotos eram produzidas por ele”, afirmou o delegado ao ClickPB.