A Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) Polícia Civil da Paraíba e o Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Ministério Público e deflagraram na manhã desta quinta-feira (10) uma operação no município de Alhandra, Litoral Sul do estado. O ClickPB apurou que os alvos da operação ‘Fuel Fraud’ são membros da gestão municipal que estariam envolvidos em fraude na dispensa de licitações para manutenções de veículos. Há a estimativa que o prejuízo aos cofres públicos chegue a R$ 1 milhão.
Os alvos dos mandados de busca e apreensão cumpridos hoje (10) são o chefe do controle de abastecimento do município, Kenneddy Ricardo; o secretário municipal de transporte, Clóvis Ferreira; o secretário adjunto de transporte, Luiz Lourenço. Um mandado também está sendo cumprido na sede da secretaria, no centro do município. Os mandados foram solicitados pela Deccor no mês de maio.
De acordo com informações obtidas pela reportagem, inicialmente a investigação tinha como foco fraudes nas manutenções de veículos, sendo instaurados três inquéritos onde foi constatado o pagamento de valores entre R$ 9.800 a R$ 29.000,63 por serviços não realizados.
No entanto, ao longo da investigação também foi constatado que um ônibus que se encontrava sem condições de uso, sendo considerado como sucata, foi abastecido por ao menos sete meses pela gestão municipal ao longo do ano de 2022. De acordo com a investigação, há documentos da própria gestão que atestavam as condições e ainda no fim do ano passado, no mês de dezembro, tal veículo foi leiloado.
Segundo a Polícia, as fraudes investigadas pela operação no que tange a manutenção, ocorreriam desde 2021. Para cumprir os mandados da ‘Fuel Fraud’, as forças de segurança da Paraíba contaram com 22 integrantes do GAECO/PB e 21 Policiais Civis, totalizando 43 servidores.
O ClickPB disponibiliza o e-mail [email protected] caso os citados na matéria desejem se pronunciar sobre o fato.
VEJA IMAGENS DOS VEÍCULOS:
*a operação tem como alvo fraudes em contratos de manutenções de veículos e não aluguéis, como informado pela reportagem inicialmente.