Aos 425 anos, João Pessoa vive hoje de tropeços e ‘tropicões’. São ruas esburacadas e todos os serviços por fazer. A dinheirama gasta não mudou a sua estética e não houve respostas aos anseios da população.
Tentamos fazer uma crônica sobre o aniversário da Capital. O mote seria o ideal. Aniversários são datas nostálgicas. Vem, geralmente, carregados de melancolia. Mas, não deu!
João Pessoa já não inspira ou transpira poesia, perdeu o lugar para a violência. Sem prévio aviso, a cidade foi tomada por uma onda de crimes sem precedentes. A esperança foi substituída pela neura. O medo é a nova palavra de ordem.
Vamos esperar para outra ocasião, onde a ineficiência de gestores ceda o lugar pelo desejo de fazer.
Política, a arte da mesquinharia
Voltamos, pois, a tentar rabiscar alguma coisa para buscar entender a política paraibana. O tema é complicado, já que é marcado pela singularidade.
Pelas bandas de cá, inexiste projeto concreto de desenvolvimento do Estado. Todos são meramente interesses pessoais, postos acima dos desejos e aspirações do povo.
Na política da Paraíba, não se discute a insuficiência de recursos para a promoção do desenvolvimento da região. Não há debate sobre uma política que promova o crescimento econômico. Não se comenta absolutamente nada do fomento de emprego, renda e exclusão da grande parcela da população que continua na miséria.
Não vamos entrar na discussão da falta de políticas públicas voltadas à educação, à saúde e à segurança. Tá na Constituição: “É um dever do estado e um direito do cidadão”.
A política na Paraíba é marcada apenas pela ‘fogueira de vaidades’.