A Mendes Jr, empresa responsável pela construção dos trechos 3,4 e 8, entre Terra Nova, Salgueiro (PE) e Jati no Ceará, das obras de transposição do Rio São Francisco abandonou o projeto e a conclusão da transposição pode estar comprometida.
A construtora, segundo o deputado Jeová Campos (PSB), presidente da Frente Parlamentar da Água, alegou dificuldades financeiras para não concluir o projeto de transposição. O deputado esteve visitando o canteiro de obras do Eixo Norte e constatou a paralisação dos trabalhos da construtora responsável por três estações de bombeamento elevatórias.
De acordo com o parlamentar, das três estações sob a responsabilidade da Mendes Jr, os 40 km da primeira já está pronta, a segunda em fase de teste e a terceira não começou a nem a fase de montagem. “Foi estarrecedor constatar que a construtora simplesmente abandonou a obra e que agora os esforços de mobilização para conclusão das obras, que deveriam ser entregues no começo de 2017, agora serão direcionados para tentar resolver essa questão que é emergencial, urgente e inadiável”, disse Jeová.
Jeová teme que se as obras que já estão em atraso não forem concluídas no tempo haverá colapso total no abastecimento de água em Cajazeiras e outras cidades da PB, PE e RN. “Simplesmente não terão água nem para consumo humano a partir de abril do próximo ano”.
Em junho último, a empresa Mendes Jr apresentou pedido ao Ministério da Integração Nacional para deixar a obra de transposição do rio São Francisco.
À época, o Ministério Público informou que buscava uma solução junto ao Tribunal de Constas da União para substituir a empresa.
A Mendes Jr, que está envolvida nas investigações Lava Jato, alegou que enfrenta problemas de caixa. A construtora é responsável por um trecho de 140 km de extensão entre Cabrobó, Sertão pernambucano, e o reservatório de Jati, no Ceará.
O Ministério da Integração Nacional informou ao ClickPB que “as obras do Projeto São Francisco estão em andamento. A prestadora de serviço Mendes Júnior consultou o Ministério da Integração Nacional sobre a possibilidade de transferir o seu contrato a outra empresa. Atualmente, o ministério trabalha em parceria com Tribunal de Contas da União (TCU) na análise de alternativas legais para adotar a medida mais adequada para a substituição da empresa nas obras.
Contudo o Ministério não informou se a mudança irá prejudicar o cronograma da obra.
O Ministério confirmou que a Mendes Júnior possui dois contratos firmados com o ministério para construção das estruturas de engenharia.
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