O envio de recursos do Ministério da Saúde para que os municípios paguem o piso da enfermagem na Paraíba virou alvo de nova reclamação, nesta terça-feira (22), por parte dos prefeitos. Os gestores consideram os valores insuficientes e dizem, através da Federação das Associações dos Municípios da Paraíba (Famup), que precisam de uma fonte de recursos definitiva e que cubra o total do piso.
Em entrevista ao programa Arapuan Verdade, da Arapuan FM, o presidente da Famup, George Coelho, contou que os prefeitos e prefeitas querem pagar o piso, mas o que o Ministério da Saúde enviou é apenas a complementação do salário da categoria.
“Até o momento não foi visualizado nenhum valor. São valores das quatro parcelas, de maio até agora. Vemos com alegria e ao mesmo tempo com tristeza porque esse dinheiro não dá para pagar na integralidade os valores do piso. Os prefeitos e prefeitas querem pagar, mas dentro de sua condição. Precisamos de uma fonte de receita para definitivamente termos esses valores, que é a PEC 22, onde os recursos são suficientes porque são do Tesouro Nacional, com todo o valor na integralidade [para pagamento do piso]”, contou George Coelho, como acompanhado pelo ClickPB.
Como visto pelo ClickPB, George Coelho ainda alertou aos gestores que tenham atenção nos próximos passos para pagamento do piso, já que após o recebimento dos valores do Ministério da Saúde eles têm prazo determinado para encaminhar a autorização às Câmaras Municipais, que vão autorizar o pagamento.
“Os prefeitos e prefeitas têm 30 dias para regularizar e mandar para as Câmaras, que autorizam o pagamento. Uma orientação que estamos passando é de que se mandar para a Câmara implementando o piso tem que pagar o piso. Tem que ter muito cuidado. Temos esse momento de reflexão e responsabilidade para que a gente não prejudique uma classe tão importante que são os enfermeiros”, disse o presidente da Famup.