O governo federal avalia nomear para o segundo e o terceiro escalões da Caixa indicações feitas por deputados federais do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Segundo relatos feitos à CNN, o esforço seria uma tentativa de manter uma dissidência no partido de oposição, garantindo uma folga na Câmara dos Deputados para votações consideradas estratégicas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve nomear para o comando da instituição federal uma indicação do PP. O nome levado ao Palácio do Planalto é o da ex-vice-governadora do Piauí Margarete Coelho.
A negociação com o PP envolve a nomeação para cargos de segundo e terceiro escalões, como vice-presidências e diretorias, de indicados de duas siglas: União Brasil e PL.
Atualmente, a bancada do União Brasil na Câmara dos Deputados é rachada, mesmo o partido tendo indicado três ministros. A ideia é que, com a oferta de postos no banco estatal, seja possível elevar a base governista na legenda.
Já o PL tem apresentado, de acordo com cálculos feitos pelo Palácio do Planalto, pelo menos vinte deputados federais que têm votado a favor de pautas do governo petista, como o arcabouço fiscal e a reforma tributária.
O número de dissidentes do PL é superior, por exemplo, do que nas bancadas de partidos com assentos na Esplanada dos Ministérios, como PSB, PDT, PCdoB e PSOL.
Segundo relatos feitos à CNN, devem ser mantidos nos cargos, mesmo com a mudança no comando do banco público, os vice-presidentes Inês Magalhães (Habitação) e Sérgio Mendonça (Pessoas).