O promotor de justiça Valfredo Alves Teixeira, do Ministério Público da Paraíba, determinou a prisão de três agentes penitenciários que trabalham na Colônia Penal Agrícola do Sertão, em Sousa, na manhã desta terça-feira (11), por se recusarem a acatar uma ordem dele.
De acordo com a polícia, os agentes penitenciários se recusaram a obedecer a uma determinação do promotor e não permitiram que um preso que estava sendo escoltado até o Fórum de Sousa tivesse contato com familiares no meio da rua. Ao pararem a viatura, os agentes penitenciários receberam voz de prisão.
Ainda de acordo com informações, o promotor ainda mobilizou uma viatura da PM para levar os agentes para a delegacia por crime de desobediência. Toda a ação foi filmada por um agente penitenciário.
* Mídia nacional repercute ameaças de promotor de justiça a criança e sua família
A ação, que aconteceu na frente do Fórum foi filmada por um agente penitenciário, que chegou a ser agredido pela autoridade do Ministério Público. O vídeo foi divulgado no portal PB Agora.
O presidente executivo da Associação dos Agentes Penitenciários do Estado da Paraíba (AGEPEN-PB), Marcelo Gervásio Moura da Silva, revelou que o promotor obrigou e coagiu os agentes a quebrarem regras dos princípios da segurança:
“Ele agiu em total descontrole, a conduta do promotor não condiz com o padrão ético do Ministério Público da Paraíba. Esse promotor é despreparado e agiu com flagrante abuso de autoridade, repudiamos essa atitude e vamos denunciar o caso no Conselho Nacional do Ministério Público”, destacou.
Em 2014, o promotor Valfredo Alves Teixeira, que atuava na Promotoria da Infância Infracional de João Pessoa, se envolveu em uma confusão no Campestre Clube de Sousa. Na época, o promotor ameaçou bater em um garoto de 6 anos que estaria brigando com seu filho.
Valfredo ameaçou bater não só no garoto, mas também na família dele. “Se ele bater no meu filho, como ele fez, eu bato nele, no pai dele, bato até na raça todinha”.
Os agentes afirmam que estavam conduzindo um presidiário considerado de alta periculosidade para a audiência e tinham em mãos uma determinação judicial para não deixar que ninguém se aproximasse do preso. O promotor, no entanto, ordenou que os agentes deixassem familiares se aproximarem.
De acordo com o diretor do presídio de Sousa, Weskley Lira, o promotor determinou que a visita fosse permitida, mas os agentes estavam com um documento do juiz José Normando Fernandes determinando a proibição.
A Corregedoria do MPPB informou que o corregedor Luciano de Almeida Maracajá tomou conhecimento do caso, que deve ser apurado.
Os agentes chegaram a ser detidos e tiveram armas e coletes apreendidos, mas foram liberados após ouvidos pelo delegado de Polícia Civil, Cláudio Bezerra, que não entendeu ter havido crime de desobediência por parte dos servidores.
Com informações do Diário do Sertão.
Acompanhe mais notícias do ClickPB nas redes sociais:
Facebook, Twitter, Youtube e Instagram.
Entre em contato com a redação do ClickPB:
Telefone: (83) 99624-4847
WhatsApp: (83) 99624-4847
E-mail: [email protected]