Em época eleitoral cadáveres costumam voltar à vida. Como zumbis, políticos desnutridos de votos, tentam se aproveitar da ocasião para dar um golpe fatal: voltar à vida pública de onde foram banidos.
Se, casualmente, a oferta for para o Senado – será o bálsamo de todas as mazelas. Se, por infelicidade do destino, o convite vier de quem estiver liderando as pesquisas – será um milagre. Os ateus agradecem até aos céus.
Os mortos reanimados não têm personalidade própria. De hábitos sorrateiros e de costumes noturnos, perambulam de sigla em sigla, de mãos sempre estendidas à procura de amparo.
De antipatia instintiva, se insinuam. Tentam vender aos candidatos que lideram a corrida para o Palácio da Redenção, o que não têm. Negociam tudo: do partido à ética; da moral ao tempo no guia eleitoral, até mesmo da imagem de pragmático, cuja embalagem não faz parte de seu currículo.
E o povo… Como diz o adágio: existe pra levar fumo.
Os ogros da política vagabundeiam pelas páginas de jornais. Fazem média. Se dizem espertos e que tem a fórmula para inflar nas urnas os nomes de quem os tirar do limbo.
Na verdade, são mofinos em votos e de freguesia incerta. A verdade é que, mais do que medíocres, são parasitas (espécie de sanguessuga), que não sabem como ganhar a vida fora da política.
Fernando Rodrigues
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