Escola não é depósito, Cartaxo

É de dar pena a situação da Educação na capital paraibana, de responsabilidade da gestão de Luciano Cartaxo (PT). A publicidade da Prefeitura de João Pessoa (PMJP) não mostra as crianças frequentando a escola com fardamento esfarrapado de anos anteriores porque a gestão ‘cria’ da Pátria Educadora do PT não entregou, a essa altura do ano, o fardamento dos estudantes. Mas, ah se fosse só isso!

Na publicidade da PMJP não aparece o abandono das escolas, com o mato tomando conta, com as salas que servem ao ‘Mais Educação’ fechadas porque uma viga ameaça cair do teto na cabeça das crianças, como é a situação da escola Olívio Ribeiro Campos, no bairro dos Bancários; não mostra que os funcionários estão fazendo cotinha para comprar óleo e manteiga na escola Ana Cristina Rolim Machado, no mesmo bairro, e que em vez de chegar 60kg de arroz a cada 15 dias para a merenda, a Secretaria de Educação manda 30kg, insuficiente para alimentar a criançada; não aparece na plástica da gestão petista que a PMJP esqueceu de mandar sapato de tamanho pequeno para a escola João Santa Cruz, no bairro dos Novais, e de mandar os kits escolares para a escola Pedra do Reino, no Grotão.

Não é segredo que a educação dos jovens e crianças de João pessoa não é prioridade para a PMJP. Basta ver a situação da quadra de esportes do colégio Olívio Ribeiro Campos, no bairro dos Bancários, que está servindo de depósito para a Secretaria de Educação, com centenas de carteiras novas, embaladas, amontoadas desde o mês de novembro do ano passado, quando deveriam ser distribuídas nas escolas, e em vez disso estão correndo o risco de desabar em cima dos alunos e ainda prejudicando a prática de educação física e de esportes dos estudantes daquela unidade educacional.

Não aparece nenhum desses problemas na propaganda paga da gestão municipal porque a prefeitura prefere gastar dinheiro público maquiando sua incompetência para administrar e partir para a politicagem, a investir nas obrigações constitucionais do município, nas necessidades básicas da população, deixando faltar medicamentos e alimentos especiais para portadores de câncer. Mas neste caso já estamos fugindo ao tema da Educação para Saúde, e esta merece ser assunto para outra coluna.