Ninguém ainda se prontificou a esclarecer como parte do terreno por trás da Secretaria de Segurança e Defesa Social do Estado, doado em 1994 pelo Governo do Estado para construção de casas populares para delegados de polícia, o chamado conjunto dos delegados, foi parar nas mãos de uma construtora para construção de blocos de apartamentos destinados à livre comercialização. A negociação teria sido articulada pela Associação dos Delegados de Polícia Civil da Paraíba (Adepol), que chegou a impedir que parte do terreno ficasse em poder da igreja.
Em 2011, a Adepol contratou um advogado especialista em Direito Imobiliário e conseguiu invalidar ato de doação de parte do terreno para a igreja, retornando, portanto, a área ao patrimônio da Adepol. No local, situado no Jardim Cidade Universitária, já tinha sido edificado, inclusive, uma base com a imagem de Santo Expedito, e chegou-se a celebrar missas campais.
Foi nessa época que se começou a discutir a construção de dois blocos de apartamentos, destinados aos delegados sócios, num total aproximado de 160.
Porém, agora, os imóveis estão à venda, e não apenas para delegados, como a lei primeira que dispunha sobre a doação da área de três hectares. Que outras leis surgiram depois desta? A expectativa é que esta semana a Prefeitura de João Pessoa, a Companhia Estadual de Habitação Popular ou a Adepol forneçam as respostas solicitadas, para que tudo isso seja esclarecido.