Os mais recentes acontecimentos políticos, envolvendo figuras do comando do Partido dos Trabalhadores no nosso estado, tem nos levado a uma indagação: o PT é ou não é governo na Paraíba?
Não é muito comum assistirmos esse tipo de comportamento nas hostes do velho PT de “guerra”.
Agora, o mais engraçado é que o partido participou ativamente da famosa campanha de 2006, com um dos seus quadros na chapa majoritária, empunhando a bandeira da aliança encabeçada pelo PMDB de José Maranhão, e hoje, após assumir os destinos da Paraíba, setores do partido transformam-se nos mais severos opositores ao governo estadual.
Só pra lembrar
Na campanha de 2006 vi e ouvi inúmeros discursos do próprio deputado Luiz Couto, figura referencia no partido, proferindo discursos aclamados em defesa do então candidato José Maranhão, enaltecendo suas qualidades de administrador e garantindo que o PT, junto com o PMDB, iria construir um governo que pudesse transformar a Paraíba e as condições de vida do seu povo.
Hoje o PT tem o vice-governador
A pergunta feita nos bastidores do PT pelo atual vice-governador e que tem gerado uma série de debates internos no partido: O PT é ou não é governo na Paraíba? Como pode um partido ocupar a cadeira de vice-governador e o seu presidente estadual diz publicamente que não se relaciona com a estrutura administrativa e política que ele mesmo ajudou a eleger?
Maranhão tenta amenizar
O governador José Maranhão, durante entrevista a imprensa, disse que o deputado Luiz Couto, presidente estadual do PT, seria um ótimo nome como candidato ao senado, na chapa encabeçada pelo PMDB. Talvez tenha sido uma forma de acenar para o petista que da mesma forma que tem espaço no PSB para o seu projeto, no PMDB o tratamento também pode ser o mesmo.
Luciano Cartaxo costura à nível nacional
Já o vice-governador Luciano Cartaxo tem viajado constantemente à capital federal, Brasília, para manter contatos com setores do comando nacional do PT.
Ele, Luciano, tem afunilado um canal de diálogo com o partido, tentando mostrar que o caminho mais conseqüente para o projeto petista é manter a aliança com o PMDB em 2010.
