“Morreu Maria Preá”. É assim que costumamos dizer lá no meu sertão quando algo dá errado ou quando nossos pensamentos são traídos pela realidade dos acontecimentos.
Essa expressão popular é a mais característica ou mais apropriada para o fato do anúncio de adesão do ex-deputado Walter Brito, ao grupo liderado pelo governador José Maranhão, do PMDB.
Já disse em outras oportunidades que o grande vácuo deixado, após a viagem do ex-governador Cássio Cunha Lima, poderia, e os fatos já estão mostrando a certeza das minhas colocações, levar o grupo, que antes ocupava o Palácio da Redenção, a algumas defecções no seu time de soldados.
E acredito que Walter Brito seja apenas o primeiro de uma série de “possíveis adesões” que poderemos assistir nos próximos capítulos dessa novela.
A grande maioria das lideranças está desnorteada, sem bússola, sem lême, uma vez que as orientações se transformaram num verdadeiro “samba do criôlo doido”.
O sentimento é de completo desconforto entre muitos, após assistirem a referência maior do grupo – leia-se Cássio Cunha Lima, se distanciar dos seus comandados sem dizer qual o norte a ser perseguido ou qual a estratégia a ser delimitada para os futuros embates.
Acontece que o grupo ficou praticamente à deriva, atolado em algumas confusões e dúvidas de comportamento, que termina disseminando uma espécie de debandada, provocada pela dúvida, fator nefasto e inoportuno na política.
Walter Brito deixa o grupo que até fevereiro era governo e aposta no projeto de eleição para uma cadeira na Câmara Federal, em Brasília.
Preferiu não se sujeitar ao charme do ex-governador, que impôs aos seus amigos o "castigo" de esperar pela sua volta, tal qual uma multidão aguarda um grande astro nos momentos que antecede um show, pairando a dúvida pelos detalhes do repertório.