É bem verdade que os nossos políticos conversam, trocam farpas, encenam confusões, mas, por enquanto, nenhum outro passo maior será dado, pelos menos, no momento.
Acontece que todos, sem exceção, esperam o resultado que pode vir da decisão a ser tomada pelo Supremo Tribunal Federal, em ação impetrada naquela corte, que pede a realização de eleições indiretas no nosso estado. Tudo isso ainda conseqüência do processo de cassação do ex-governador, Cássio Cunha Lima.
Pois bem. O futuro político da Paraíba depende desse desfecho. Se a decisão for pela realização de eleições indiretas, ganha fôlego a oposição, pois, com maioria na Assembléia Legislativa, elegerá facilmente o ocupante provisório da cadeira de governador do estado.
Numa outra vertente, caso a decisão dos ministros do supremo seja pela manutenção da decisão do TSE, de legitimar a permanência de José Maranhão no cargo, o PMDB tratará urgentemente de afunilar os apoios que começaram a ser costurados nesses últimos meses.
No exercício do poder não existe candidato fraco, principalmente pelas facilidades que o cargo proporciona para cooptação de novos apoios.
De uma coisa eu tenho certeza: a campanha eleitoral começará de verdade, na prática, após essa decisão do Supremo Tribunal Federal. Até lá, tudo não passará de ações táticas de grupos opostos que ficam se estudante pouco a pouco.
Independente do resultado a ser obtido em Brasília, que não tem data prevista para julgamento, muita coisa mudará no tabuleiro da política do nosso estado.
Acontece que muitos estão na moita – termo usado no sertão para dizer que alguém está escondidinho, esperando a melhor hora para agir. Aguardam a decisão do supremo para mostrar a cara, observando o aspecto da perspectiva de poder.
É aguardar pra ver. Muita coisa volta mesmo a depender do resultado final que mais uma vez deve vir de Brasília.