Nilvan

Cássio: odiento, confuso e escorregadio

Fiquei decepcionado com o teor da tão propagada entrevista do ex-governador Cássio Cunha Lima. E tudo se justifica no fato […]

Fiquei decepcionado com o teor da tão propagada entrevista do ex-governador Cássio Cunha Lima. E tudo se justifica no fato de que a “coletiva” não serviu para muita coisa. Cássio perdeu uma grande oportunidade de esclarecer fatos, inseridos no atual contexto político, além do que o momento também poderia servir para dirimir discordâncias públicas, a respeito dos bastidores do ninho tucano.

Não sei se orientado de forma equivocada, mas Cássio enveredou pelo discurso do puro “ódio” contra o governador José Maranhão, sem acrescentar absolutamente nada no debate sobre as questões da Paraíba, tratando de transmitir um pronunciamento recheado de ofensas, críticas contundentes e meras acusações. Nada de novo no aspecto político, uma vez que todo mundo já sabe que ele, Cássio, é o principal opositor do atual chefe do executivo estadual.

O discurso cheio de ódio, de ofensas e de acusações pode até tornar Maranhão mais importante e até certo ponto uma vítima, pois o discurso de acusar por acusar torna-se repetitivo, fácil de ser rebatido e faz com que o acusado seja visto como a principal ameaça para quem o acusa demasiadamente.

Cássio também cometeu um grande erro: mostrou-se confuso demais nas explicações a cerca das questões políticas mais profundas. Disse, por exemplo, que Cícero é um bom candidato, mas que Ricardo pode ser melhor. Afirmou que Cícero é um homem competente, que tem todas as potencialidades de ser o governador, mas que ainda pretende levar o apoio do grupo para o prefeito Ricardo Coutinho. Cássio não convenceu os “ciceristas” de coisa alguma, nem tão pouco deixou os “ricardistas” certos de nada. A própria opinião pública ficou a se perguntar sobre o que ele quis dizer, diante de tanta coisa confusa e sem convicção.

Acho que a própria entrevista foi um erro estratégico, pois deu munição para os “maranhistas” no debate eleitoral que se avizinha. O fato de dizer que o governo atual não tem obras, nem méritos administrativos e depois criticar duramente a inauguração da Casa da Cidadania, além de desclassificar o início das obras do Centro de Convenções, já é um tiro no pé, sem perdão, sem justificativa.

Resultado: a entrevista não rendeu o que se planejava e apenas serviu para aumentar as especulações em torno dos futuros desdobramentos que ocorrerão na seara tucana nos próximos meses.

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