Em meio a tantos problemas, o prefeito Ricardo Coutinho precisa conter urgentemente a emissão de algumas opiniões desencontradas por parte de correligionários, a respeito de aspectos do atual quadro político sucessório.
Na semana passada foi a vez do vereador Bira Pereira, do PSB, que abriu as baterias e disse que não aceitaria a filiação do ex-governador Cássio Cunha Lima ao partido, chagando, inclusive, a ameaçar liderar uma espécie de resistência à idéia de que o tucano viesse a se filiar no time dos “girassóis”.
Não deu outra: os aliados de Cássio ficaram uma “arara” e o fato causou um certo constrangimento naqueles que trabalham incansavelmente para a celebração da união entre Cassistas e Ricardistas. Ou seja, Cássio serve para votar e trabalhar para eleger Ricardo, mas não é bom para estar com Ricardo no mesmo partido?
Já essa semana, vem as declarações do vereador Tavinho Santos, do PTB, que exerce a função de líder do prefeito, na Câmara de Vereadores. Tavinho, de forma enfática, teceu uma série de críticas contundentes contra Cássio, taxando-o de “fraco”, sem “coragem” e sem liderança para tomar as decisões que precisa para se aproximar de forma concreta do prefeito pessoense.
Acho que ninguém pode desclassificar o poderio que tem hoje o ex-governador Cássio. O apoio do tucano é um fator preponderante para qualquer candidato que deseje chegar ao sucesso eleitoral. Errou Bira e errou mais ainda o vereador Tavinho, uma vez que se o projeto é concretizar o “namoro” com Cássio, a relação deve ser alimentada com “carinho” e não com “pedradas”.
Ricardo precisa chamar o feito à ordem e tratar de unificar o discurso dos seus aliados, interlocutores políticos. O peso que tem o apoio de Cássio é decisivo para o sucesso do projeto de Ricardo. É mais saudável calar os que criam as confusões para que os que realmente têm votos sejam aproximados e não distanciados.