A tentativa pode até ter sido salutar para os que defendem a tese de aliança com o prefeito Ricardo Coutinho e o conseqüente abandono do projeto do PSDB, mas tudo não passou de mais uma frustração.
Cícero Lucena mantém sua posição, sem titubear, sem arrodeios, sem mais delongas e de forma clara, continua mantendo o projeto de não “arredar o pé” e ser mesmo o candidato do PSDB ao Governo do Estado.
E parece que de nada tem adiantado as tentativas de debelar o projeto capitaneado por Cícero. De nada adiantou o plano para sufocá-lo, esvaziá-lo, esmagá-lo.
Cícero, sem tirar nem pôr, segue seu caminho de cabeça erguida, mesmo sabendo que aliados históricos, que poderiam e deveriam ser os primeiros a empunhar a sua candidatura, tratam de traí-lo de forma aberta e declarada, como se essas atitudes fossem coisas sem muita importância para o curriculum das figuras envolvidas nessa “novela”, que hoje envolve o ninho tucano paraibano.
Acontece que tudo já foi feito para tentar convencer Cícero de que o melhor projeto para as oposições seria a união do grupo em torno da candidatura do prefeito Ricardo Coutinho. Cássio já tentou o convencimento, Arthur Cunha Lima foi logo em seguida e também se decepcionou, enfim, o resultado foi tão negativo nos propostos planejados, que uma última tentativa foi orquestrada: tomar o controle do partido aqui no estado, tomando para si o direcionamento em relação a 2010.
Essa também até agora não surtiu os efeitos almejados, uma vez que a direção nacional sabe da lealdade de Cícero ao partido e Serra precisa de um palanque que tenha identidade com o projeto do PSDB, que é o de conquistar o Palácio do Planalto.
Pelo sim, pelo não, após a reunião da bancada da oposição com o senador Cícero Lucena, a constatação é que nada mudou, tudo continua como dantes no quartel de Abrantes.
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