A partir desde domingo, a história coloca para o senador Cícero Lucena, algo bem parecido com o sofrimento vivido por Jesus e narrado biblicamente. E essa história de traição, bem conhecida quando lembramos de Judas e do sofrimento vivenciado por Jesus, nas suas pregações, aqui na terra, é algo realmente intrigante.
Alguns analistas bíblicos colocam que o traidor não se transforma em traidor de uma hora para outra. Ou seja, ninguém se torna amigo fiel ou traidor, simplesmente do nada. Judas, por exemplo, perdeu-se por se ter encerrado obstinadamente no seu próprio “eu”. Nada estava acima dos seus próprios pensamentos egoístas, e semelhante atitude já era uma traição ao senhor, muito antes mesmo de se concretizar com o recebimento das moedas para entregar Cristo aos inimigos.
Pois bem. O calvário de Cícero está mesmo começando a ter um desfecho já a partir de segunda-feira, dia 14. São os momentos que simbolizarão a solidão causada pelas articulações daqueles que pareciam amigos de primeira hora e que decidiram lhe largar no meio do caminho.
Cícero já sabe o que está prestes a acontecer. Sabe que poucos “amigos” ficarão com ele nas horas de dificuldades que se aproximam. Hoje, ao que parece, é muito mais cômodo dizer que Cássio está certo quando o assunto é 2010 e que todo mundo deve bater continência para Ricardo Coutinho.
A minha grande dúvida é em relação a reação que terá o senador Cícero Lucena quando a traição for oficializada, anunciada pelo próprio Cássio, com suas próprias palavras, com os seus próprios argumentos e justificativas.
E tudo parece um ritual cronológico que levará à concretização do abandono de Cícero, nós próximos dias.
Informações para a coluna: (83) 8756-9140