Engraçado, mas foi exatamente com essa frase – “em nome da nossa amizade” – que o ex-governador Cássio Cunha Lima cancelou mais uma vez a “tão esperada” entrevista exclusiva, para um determinado sistema de comunicação, marcada para esta quarta-feira, dia 16, para desatar de vez o “nó” em torno do seu posicionamento em relação às eleições do próximo ano.
Cássio, que não pensou na histórica amizade que construiu, ao longo dos últimos anos, para montar o maior plano de aniquilação de uma candidatura – leia-se o projeto de Cícero Lucena, de ser o candidato do grupo ao Governo do Estado – agora usa a expressão para não dizer, pelos menos por enquanto, que vai mesmo defender a candidatura do prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho, em detrimento do nome do senador Cícero.
Então está explicado
Foi em nome da amizade que Cássio orientou Zenóbio Toscano a declarar apoio a Ricardo.
Em nome dessa amizade, Cássio também deu a tarefa a Rômulo Gouveia de anunciar que desejaria ser vice de Ricardo.
A amizade foi decisiva para que Cássio instrumentalizasse Romero e Manoel Ludgero a embarcar de “mala e cuia” no projeto do PSB, deixando Cícero “chupando o dedo”.
Somente uma histórica amizade poderia permitir que Cássio incentivasse quase todos os partidos que lhe davam sustentação a declarar apoio a Ricardo Coutinho.
Carlos Dunga, por exemplo, também foi outro que em nome da amizade de Cássio e Cícero preferiu dizer que o PSB tem o melhor projeto para governar a Paraíba.
Ah! Eu ia esquecendo que Ricardo Barbosa, ex-líder de Cássio na Assembléia Legislativa, apaixonou-se pelos estatutos e pelo programa do PSB, levando em consideração a honesta amizade que nutria pelo senador Cícero Lucena.
Raoni Mendes e Bruno Farias também usaram a bela amizade que Cássio enaltece quando se refere a Cícero Lucena, para festejarem que Ricardo Coutinho é o melhor para fazer a Paraíba se desenvolver.
Todo o plano orquestrado para defenestrar e matar por asfixia a candidatura própria do PSDB teve como sustentáculo os “laços de amizade” que sempre foram pilares pragmáticos entre Cássio e Cícero.
Foi tudo em nome da “amizade” e não tem outra explicação.
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