A desistência do governador de Minas Gerais, Aécio Neves, de disputar a condição de candidato do PSDB, à presidência da república, nas eleições do próximo ano, é fato e serve para a reafirmação de que Serra será mesmo o nome dos tucanos na disputa que se avizinha.
E o que esse fato tem a ver com a situação aqui na Paraíba? De pronto, digo, ligeiramente, que nada, absolutamente nada. O anúncio de Aécio pode ser usado como referencia para o imbróglio envolvendo o senador Cícero Lucena e o ex-governador Cássio Cunha? De maneira nenhuma, não existem semelhanças entre os dois casos, indubitavelmente distintos.
Aécio renunciou à condição de pré-candidato porque analisou que outro nome, integrante dos quadros do seu partido, está, no momento, em melhores condições eleitorais que o seu. Aécio não desistiu para ceder lugar para um candidato de outra legenda. O candidato continua sendo do ninho tucano, dos quadros do PSDB.
O PSDB nacional continua coeso e a estratégia partidária está voltada para a construção de uma aliança que possa proporcionar a retomada do poder. E é esse o sentimento em todas as esferas partidárias.
O interessante é que, enquanto o partido prioriza a unidade, o palanque próprio, a tese da candidatura que possa garantir um palanque para Serra, aqui no nosso estado, muitos tentam entregar a estrutura partidária a outros projetos, levá-la a outros caminhos que podem, num futuro bem próximo, causar sérios prejuízos às suas lideranças emergentes.
Enquanto o partido à nível nacional tenta reaglutinar o foco da unidade, na Paraíba, setores do “tucanato” desejam patrocinar um projeto fraticida, louco, sem lógica, sem perspectiva, com conseqüências que podem ser irreparáveis.
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