Nilvan

O que é isso, ‘cumpanhêro’?

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Parece mais uma atitude de desespero, a iniciativa do vereador Bira Pereira, do PSB, anunciando que vai pedir ao Tribunal de Contas, a divulgação da relação dos servidores do governo do estado, assim como aconteceu com a Prefeitura de João Pessoa.

Nada mais justa e coerente, senão fosse uma demonstração de claro desespero por parte dos aliados do prefeito Ricardo Coutinho, na tentativa de encobrir o verdadeiro escândalo que nos foi apresentado, após o alarmante fato do inchaço da folha de pessoal, que, ao que parece, já é peça de investigação do Ministério Público, e que pode ter fortes desdobramentos nos próximos meses.

O vereador Bira Pereira, por mais que esteja bem intencionado, esqueceu de lembrar que Maranhão está a quase um ano no governo e ninguém teve essa iniciativa de pedir a publicação da folha na internet. A proposta, agora, não passa de uma tentativa de criar uma cortina de fumaça em torno do “problemão” que Ricardo e seus aliados enfrentam, após a descoberta de que houve um aumento alarmante no número de prestadores de serviço na edilidade pública municipal.

Concordo plenamente que Maranhão deve divulgar a relação dos servidores do Governo do Estado, mas isso não quer dizer que Ricardo Coutinho não explique corretamente o fato de que está, literalmente, torrando grande parte dos recursos da prefeitura com “contratados” ou "prestadores de serviço", que não passam por nenhum tipo de critério na hora de estabelecer laços empregatícios com o erário municipal.

O vereador, ex-militante de esquerda, referência dos movimentos sociais, devia, pelos menos, usar a prerrogativa de um dos líderes mais ligados ao prefeito Ricardo Coutinho e esclarecer as dúvidas em relação ao assunto e aos questionamentos levantados pelo ex-secretário Francisco Barreto.

E olha que são perguntas muito claras e diretas. Senão vejamos:

– O que explica o acentuado número de servidores contratados em 2009?

– Onde estas pessoas realmente estão desempenhando suas atividades?

– A existência de programas sociais momentâneos, é suficiente para justificar as excessivas contratações sem concurso público?

– Todas as pessoas são oriundas da cidade de João Pessoa e prestam seus relevantes serviços aqui mesmo na capital?

– Se existem servidores concursados aguardando convocação, o que justifica as contratações de pessoas por tempo determinado?

O certo é que não adianta desviar o foco das atenções da imprensa e da sociedade. As perguntas merecem respostas e a opinião pública não engole desculpas esfarrapadas. Ou se explicam os questionamentos, ou Ricardo sofrerá os prejuízos ocasionados pela mais completa falta de transparência. 

Informações para a coluna: (83) 8756-9140

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