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É a mais pura verdade que Ricardo Coutinho deixará o mandato de prefeito de João Pessoa muito menor do que quando assumiu o mandato em janeiro de 2005. De um fenômeno político, que conseguiu reunir um torno de si uma verdadeira complexidade de partidos, chegando a vencer duas importantes eleições aqui na capital, Ricardo chega a março de 2010, politicamente nanico, pequeno, sem oxigênio, debilitado, desacreditado perante os antigos aliados.
O problema é que muitos dos que sempre conviveram com Ricardo, hoje, às vésperas de sua saída do Centro Administrativo Municipal, aproveitam para ecoar uma espécie de grito de liberdade, de revolta, exposição de mágoas. É como se muitos estivessem do seu lado até hoje obrigados pelas circunstancias, espremidos pelo poder da caneta, submetidos aos ditames do “rei” de plantão. E agora, aproveitando a perda do “manto injusto do poder”, reverberam o grito de rebeldia, como se, para muitos, fosse a hora de dar o troco a quem não soube preservar e manter sólida a presença de amigos e aliados no mesmo time.
O drama vivenciado por Ricardo é muito parecido com aquele de quem sempre teve muita gente sobre os seus ditames, a custas das oferendas do poder. E, mais cedo ou mais tarde, a história se inverte, muda de rumo, de norte. E de quem antes todos dependiam, mesmo com o aspecto da submissão, hoje depende de todos e daqui a pouco não terá necessidade de ser mais tratado como o “senhor dos senhores”.
Deve ser por isso que quase todos os “aliados” de Ricardo estão “pegando o beco”, fugindo, escapando, lhe abandonando num ritmo mais acelerado do que o comumente registrado nos tempos atuais. Na lista dos que decidiram dar adeus a Ricardo e ao seu projeto de ser governador da Paraíba já estão: Armando Abílio, Fernando Milanez, Mangueira, José Maranhão, Nadja Palitot, Padre Adelino, Diego Tavares, Damião Feliciano, Geraldo Amorim, Nivaldo Manoel, Manoel Junior, Marcondes Gadelha, Reginaldo Tavares, Elisa Virginia, Felipe Leitão, Sérgio da SAC, Rodrigo Soares, Leonardo Gadelha, Carlos Batinga, Guilherme Almeida, Francisco Barreto, entre outros.
Se for falar nos partidos que já pulam fora do barco, capitaneado pelo PSB, aí é que a lista é representativa. Já não estão no mesmo projeto de Ricardo: o PTB, o PDT, o PC o B, o PMN, o PR, o PMDB, o PRP, o PRB, o PT, o PSL, o PSC. Ricardo deixará a prefeito na próxima quarta-feira e não poderá esbanjar o título de que possui oxigênio eleitoral, pois a debanda já começou e promete se aprofundar muito mais nos dias que virão.