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Acho que o ex-governador Cássio Cunha Lima imagina que todo mundo é besta para acreditar que o famigerado encontro dos twitteiros, marcado para este sábado, não terá conotação política e que tudo não passa de uma iniciativa “inocente” para aproximar os adeptos da nova moda dos “microblogs”.
É claro que o encontro deste sábado servirá para dar uma levantada na campanha de Cássio e de Ricardo. Alguém tem dúvida? O evento, no momento estratégico da campanha, tem o objetivo de aproximar os apaixonados pelo “twitter”, na sua grande maioria jovens, do projeto político das oposições.
Cássio, como bom e experiente conhecedor de estratégias eleitorais, sabe disso e usa o twitter de forma inteligente, atraindo para si um número considerável de seguidores, que recebe instantaneamente as suas mensagens, tratando, ora de assuntos do cotidiano, ora de questão políticas.
Pelo sim, pelo não, o encontro será mesmo político. Pode até ser que em menor intensidade do que estavam planejando, após os alertas que estão sendo feitos desde a última quinta-feira. Cássio e Ricardo aproveitarão a oportunidade para esbanjar fotografias do evento, tirarão a “casquinha” necessária num ano eleitoral e aparecerão para a juventude como algo novo, adeptos e simpatizantes dos novos instrumentos que conquistam a “galera”, que estão na crista da onda.
Na verdade, Cássio tinha um objetivo mais profundo em relação ao encontro dos “twitteiros”. Esperava que o evento servisse como uma espécie de protesto contra o governador José Maranhão, que dias atrás chegou a dizer que não usava o “twitter” porque tinha mais o que fazer.
Com as informações de que o encontro poderia se transformar numa espécie de palanque eleitoral para as oposições, parte dos usuários do “twitter” promete não comparecer ao Jangada Clube e o evento pode se transformar numa simples reunião de eleitores de Cássio e Ricardo, que passam algumas horas do dia contando suas vidas na rede mundial de computadores.
Como na Paraíba tudo é política, até o “twitter” está mapeado. De um lado os “twitteiros” aliados de Maranhão e do outro os “twitteiros” que integram a turma das oposições.
