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Os primeiros passos e ações da gestão do prefeito Luciano Agra me deixa extremamente preocupado com o desfecho que terá a sua passagem pelo comando administrativo da nossa capital. E como em política não existe espaço vazio, Luciano Agra corre o risco de ter uma vida muito curta nesse jogo complicado que é o poder.
Agra, o novo prefeito, que até agora mantém todas as práticas e costumes do ex-prefeito Ricardo Coutinho, começa a me decepcionar, quando percebo a introdução ou a manutenção de velhos “ranços”, que terminam por afastar o povo de uma determinada gestão.
E acredito que o novo prefeito precisa começar a resolver algumas questões de forma urgente e acelerada. Luciano Agra necessita deixar claro que é o prefeito de fato e de direito. As decisões são de sua responsabilidade e não dependem dos conselhos ou das conveniências de outras pessoas.
O prefeito ou manda ou não manda e ponto final. Mas, no caso de Agra, parece que até agora não mandou em quase nada. E estou sendo sincero. Um fato concreto é que quase todos os secretários de pastas importantes não obedecem as suas orientações. Os comentários são de que, inclusive, diversos secretários estariam ainda despachando assuntos da prefeitura de João Pessoa com o ex-prefeito Ricardo Coutinho. As ordens são oriundas de Ricardo e Luciano até agora só teria servido de figura decorativa.
Sei que Agra deve toda a cordialidade e gratidão a Ricardo Coutinho. Agra deve o voto e o apoio preciso ao projeto político de Ricardo, mas não pode colocar a sua gestão em apuros ou descrédito. Precisa colocar os pingos nos “is” e imprimir a sua marca de governar, o seu estilo bem próprio, o seu jeito de observar João Pessoa e apontar as saídas para os seus desafios.
Um prefeito quando não manda fica desmoralizado, tem a sua autoridade ferida, chamuscada, perde o controle da máquina, passa descrédito e fica prejudicado perante a opinião pública. Afinal, um gestor necessita ter capacidade de liderar, de tomar decisões, sob pena de estar fadado ao fracasso.
Luciano Agra precisa tomar as rédeas do seu governo, deixar bem claro que sua gestão tem comando e que o prefeito, capaz de apontar o norte da administração é ele e mais ninguém. Agra deve adotar esse comportamento, pois corre o risco de ser um prefeito de metade de um mandato, sepultado politicamente pela história e esquecido pela população que alimentou a esperança de ver o surgimento de um novo líder, sem vícios, sem amarras, sem as correntes das velhas oligarquias que estamos acostumados a conviver.