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Acho que o Senador Cícero Lucena foi tolerante ao extremo no seu discurso, oficializando que “joga a toalha” e não mais disputará o governo do estado, nas eleições 2010. Cícero, sem tirar, nem por, sabe precisamente de todas as respostas para as perguntas que formulou no ato da renúncia, mas, assumindo um comportamento nobre, apesar das tempestades e das intempéries, preferiu poupar os traidores, os algozes, os covardes e os sem dignidade de ficar ao lado dos amigos na hora mais difícil.
Cícero sabe e a Paraíba também que o seu principal erro foi confiar demais em Cássio Cunha Lima e seus seguidores. Os traidores de Cícero perderam a identidade, mas acima de tudo irão demorar a se reencontrar com a dignidade. E, nem os falsos argumentos proferidos e elencados por Cássio, na tentativa de justificar a traição, serão capazes de apagar da memória do povo, a punhalada mais violenta que já presenciei por parte de alguém que se dizia amigo, leal, verdadeiro e sincero.
Amigo não trai. Amigo não apunhala pelas costas. Amigo não calunia. Amigo não conspira. Amigo não trama. Amigo não abandona, Amigo não trai. Acontece que amigo que não tem essas características, na verdade não é e nunca foi um verdadeiro amigo. Mas, talvez, no dicionário de Cássio e seus seguidores, amigo verdadeiro tenha outro significado, outra definição que não compartilho e nunca compartilharei.
E o mais impressionante é que Cícero Lucena até na hora de renunciar, de entregar as armas e devolver o boné, conseguiu também demonstrar que é amigo. E isso é marcante para alguém que sofreu todos os tipos de revés. Cícero poupou seus traidores, apenas elencou perguntas, levantou questionamentos, evitou citar o nome do principal traidor e preferiu, diante de toda a conjuntura, preservar o partido, não disse em quem votará para governador, se em Ricardo ou Maranhão, mas também não disse que votava em Cássio, não assumiu compromisso de voto.
A partir de agora os campos ficam cada vez mais demarcados, delineados, prospectados. E, dificilmente, veremos, comungando dos mesmos projetos, os “históricos” aliados, Cássio e Cícero. É mais uma etapa que o tempo tratou de encerrar na vida política do nosso estado. Uma fase que passou e terá novos e próximos capítulos.