O ranking de acúmulos de cargos do Tribunal de Contas do Estado lista mais de dez médicos com cinco vínculos com a administração pública, cada um, e muitos outros com quatro e três vínculos, em situação que de acordo com a Constituição, é vedado. Os vínculos não se restringem à Paraíba. Há médicos peregrinando entre Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte.
A lista é longa. Gilvaney José Venâncio, por exemplo, acumula quatro vínculos em Pernambuco e um na Paraíba, na cidade de Ouro Velho, e com isso consegue somar uma remuneração de R$ 41.284,66 por mês.
Já Carlos Antonio de Souza Nunes aproveita a experiência profissional para prestar serviço em três prefeituras da Paraíba (Sousa, São Bento e Catolé do Rocha), na Secretaria de Saúde da Paraíba e também na Prefeitura de Rafael Godeiro, no Rio Grande do Norte, recebendo uma remuneração mensal de R$ 41.317,69.
Figura também na lista Maximiano Machado Albino de Souza, com uma remuneração total de R$ 34.985,85, por acumular dois vínculos como inativo da Paraíba, como ativo na Prefeitura de Cuité de Mamanguape (PB), além de Mamanguape (PB) e Itaquitinga (PE).
Entre os que acumulam cinco vínculos, o médico Cícero Edvaldo Nogueira de Carvalho é um dos que mais ganham recursos públicos. Ele consegue somar um total de R$ 59.903.71 com cargos no Rio Grande do Norte e Paraíba (Cuité e Nova
Floresta).
Mas Francisco Evandro Nogueira de Carvalho, também médico que atua no Rio Grande do Norte e na Paraíba, segundo dados do TCE, supera o valor: R$ 68.393,00. Na Paraíba, ele atua em Araruna e Areia.
O TCE tem enviado alertas às prefeituras e Governo do Estado informando sobre os acúmulos ilegais, para que os servidores façam a opção e se adequem à legalidade. Quando o TCE disponibilizou o painel de vínculos, os dados estavam restritos apenas aos vínculos na Paraíba. Mas atualmente o tribunal tem ampliado o banco de dados para os estados vizinhos.