Nilvan

Ricardo e a debandada antecipada

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Está mais do que claro, tendo como base os últimos acontecimentos políticos, registrados já neste início da campanha eleitoral, que a candidatura do ex-prefeito Ricardo Coutinho, do PSB, passa por um processo de profundo desgaste com consequencias nefastas para o projeto das oposições. 

Maranhão começa a disputa marcando pontos importantes na consolidação do seu retorno ao Palácio da Redenção, enquanto as oposições “batem cabeça”, não acertam o passo, não afinam o discurso e passam a impressão que o núcleo dirigente da campanha de Ricardo age como uma espécie de “samba do criolo doido”. 

Ricardo está perdendo o norte da disputa, afastando de sí e dos seus aliados, a tão falada “perspectiva de poder”. A imagem já espalhada e comentada pelos quatros cantos do estado é que Ricardo perde musculatura, perde apoios, além de ter ao seu lado “aliados” que mais parecem torcer pela sua derrota. 

E os argumentos para justificar esse processo de diminuição da candidatura de Ricardo Coutinho é fácil de explicitar. O seu projeto ganhou muito pouco ou quase nada. Perdeu todos os confrontos até agora evidenciados. Errou na tática para conquistar parceiros fundamentais. 

O mais grave é que quase todos os aliados de primeira hora, contabilizados por Ricardo, fugiram do seu controle, se rebelaram contra o “coletivo” e falam “diabos” de Ricardo e dos seus assessores mais próximos. 

Ninguém confia em ninguém no grupo das oposições. Um desconfia do outro e todo mundo desconfia do candidato a governador. Não há sintonia, reciprocidade na luta e nos objetivos a serem alcançados. 

E esses fatores só tem sido agravados. Parece não ter solução a pequeno e a médio prazo. Tarefa difícil de ser contornada, resolvida. 

As próximas pesquisas eleitorais devem mostrar com números concretos que o acúmulo de erros cometidos durante a construção da campanha de Ricardo poderá leva-lo a uma fragorosa derrota.

Cássio deus as ordens e pronto 

As costuras durante a formação da chapa da oposição terminaram mostrando que Cássio realmente deu as cartas e quase ninguém ousou discordar. Ele, Cássio, fez a indicação do vice, emplacou Romero Rodrigues, seu parente, como candidato a deputado federal, garantiu Tovar, vereador em Campina Grande, como candidato a deputado estadual, indicou de sua cota pessoal, seus suplentes na chapa para o senado e terminou deixando Ricardo completamente dependente de suas vontades. 

O destino do Padre 

Comenta-se a boca miúda que o destino político do Padre Luiz Couto já estaria traçado, rotulado e carimbado. Nos bastidores, as especulações revelam que Couto deve deixar o PT, ingressar nos quadros do PSB de Ricardo Coutinho e ser o candidato do grupo a prefeito de João Pessoa. Essa informação já chegou nas hostes petistas e parece que não soou muito bem, principalmente junto a figuras influentes na direção nacional da legenda.

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