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A decisão do ex-governador Cássio Cunha Lima, de anunciar que, definitivamente, não desiste da disputa eleitoral, mesmo que o próprio TSE decida por não lhe permitir o registro da candidatura ao senado, nos leva a levantar algumas análises, neste momento de profundo embate político no nosso estado.
Mas qual é na verdade a real estratégia de Cássio? Que carta ele tem na manga? A primeira vista podemos até pensar que ele estaria agindo na base do “tudo ou nada”, na onda do “se colar, colou”.
Por outro lado, Cássio pode estar convicto de que o STF decidirá, pós eleições, pela não aplicabilidade imediata da Lei Ficha Limpa ou, no mínimo, em caso de decisão no supremo, contrária a sua posse, caso seja eleito nas urnas, se abrigar novamente no processo de vitimização, perante a sociedade.
São apenas traços de algumas interpretações ou suposições, tendo como base o que ele disse na imprensa, na tarde desta quinta-feira, aqui na capital.
E ele foi taxativo e sem arrodeios: “Se eu renunciar a minha disposição de manter a candidatura ao senado, a Paraíba não precisa nunca mais votar em mim”. A afirmação expressa pura convicção de que ele, Cássio, está mesmo disposto a pagar todos os prejuízos políticos que podem surgir diante de todo esse imbróglio.
Cássio vai para o tudo ou nada. Prefere arriscar um mandato de oito anos a ter que entregar as armas durante um combate que encontra-se extremamente desfavorável.
Sabe que seus votos podem até nem aparecer durante a apuração e totalização do processo eleitoral, mas reafirma que está pronto pra guerra, sem titubiar.
Particularmente, acho que Cássio comete o maior erro político de sua carreira como homem público. É uma posição de suicídio, que coloca em risco a perspectiva do exercício de um mandato de Senador da República, condição “sine qua non”, para os futuros embates, previstos num futuro próximo.