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Pelo tom adotado durante o pronunciamento feito no início da tarde desta sexta-feira, o governador José Maranhão deixa claro que não está mesmo disposto a se aposentar da vida pública.
As palavras do atual chefe do executivo estadual não deixam dúvidas sobre os seus propósitos. Maranhão, pelo que pude perceber, fez questão de relatar as obras que ele realiza para mais tarde ter o argumento de cobrar do futuro governo a continuidade das mesmas.
O objetivo é, lá na frente, quando as cobranças puderem ser feitas, mostrar para o eleitorado as diferenças entre os dois projetos, o dele e o de Ricardo, apostando que o seu período poderá ser comparado como o mais evolutivo do ponto de vista de projetos e de ações.
E Maranhão deixou claro que as batalhas vindouras terão sim a sua participação decisiva, presente, na tentativa de se contrapor aos planos do PSB e dos seus aliados, a exemplo de Cássio e Efraim Morais.
O tom adotado por Maranhão, sereno, reconhedor da derrota verificada nas eleições do último Domingo, também não deixou de ser azeitado com aspectos de auto afirmação, frisando que, apesar de ter a intenção de contribuir com o processo de transição, não aceitará interferencias no tempo que lhe resta a frente do governo, pois segundo ele, a Paraíba tem um governador até o dia 31 de Dezembro, data em que expira o seu mandato.
E podem anotar no caderninho das lembranças: Maranhão não dará trégua ao governo de Ricardo Coutinho. Ele sabe que o novo governo precisará de uma certo período para que os novos comandantes do Palácio da Redenção possam imprimir o seu estilo de gestão, mas, no momento e no tempo certos, sob a sua liderança, a oposição iniciará o “bom combate”, trazedo para si os eventuais insatisfeitos, num convencimento diário da opinião pública, tendo em vista os futuros embates eleitorais.
