O padre Egídio de Carvalho Neto, ex-diretor do Hospital Padre Zé, teria desviado R$ 1,7 milhão para pagar em espécie dois apartamentos de luxo em João Pessoa. Conforme apurou o ClickPB, a informação foi detalhada nesta quarta-feira (01) pelo jornalista Clilson Júnior, durante o programa Arapuan Verdade.
De acordo com Clilson, a informação consta na investigação aberta pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) para apurar o escândalo de corrupção envolvendo a gestão de Egídio a frente da unidade filantrópica da igreja católica.
“O padre juntamente com a Janine e com a Amanda, desviou R$ 1,7 milhão e pagou em dinheiro a construtora para comprar dois apartamentos. Tá nos documentos do pedido de prisão do Ministério Público”, informou Clilson, que teve acesso ao material do MP.
Ainda de acordo com o jornalista, o padre também montou junto com Jannyne Lucena (então diretora administrativa) e Amanda Duarte (então diretora financeira) um esquema para alugar um carro ao Hospital Padre Zé que foi comprado com dinheiro de corrupção.
Ministério Público ‘rastreou’ quase 30 imóveis ligados ao religioso
A investigação do Ministério Público da Paraíba (MPPB) apurou, segundo o jornalista Clilson Júnior, que o padre Egídio conseguiu construir um patrimônio de 29 imóveis.
De acordo com Clilson, um outro fato que chama atenção é que a renda do padre seria de R$ 16 mil, somando os salários de vigário e diretor do Hospital Padre Zé, demonstrando a possível incompatibilidade com o patrimônio construído.
Como trouxe o ClickPB, hoje (01), na sede do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba (MPPB), Egídio se manteve em silêncio e não respondeu as indagações da investigação.
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