O ano começa provocando na cabeça das pessoas a necessidade de se refletir sobre o atual momento que passa a nossa querida Paraíba.
Durante o primeiro ano da gestão socialista em nosso estado as perspectivas criadas pela nova administração, tanto municipal como estadual, não teve o que comemorar. É só olhar para o retrovisor e perguntar o que de novo esse governo trouxe para nossa gente além de perversidade,falta de diálogo, contradições, perseguições, mesquinharia e escândalos em cima de escândalos. Uma vergonha! Embora a esperança e a fé ainda estejam presentes em muitos destes eleitores, não tem como negar o dissabor e as amarguras vividas nestes primeiros 12 meses e que causou para a grande maioria dos paraibanos uma enxurrada de decepções e descontentamento.
A principal delas foi exatamente o descumprimento de todas as promessas de campanha e a insensibilidade na falta de diálogo com todos os segmentos. Ninguém escapou dessa tramóia perversa e inútil gerando uma opinião praticamente unânime no tocante ao novo projeto. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) precisa urgentemente criar um mecanismo que impeça com medidas punitivas todos os políticos que usam dessas prerrogativas de campanhas para se chegar ao poder. Aliás, isso é uma prática no Brasil que deveria ser corrigida, mas na Paraíba extrapolou. É só olhar os vídeos de campanha e ver as maiores mentiras de todos os tempos, promessas e mais promessas, e um bando de subservientes dominados pelos parcos salários, muitos deles inclusive sem trabalhar, mas apenas para bater palmas ou ficar de boca calada. Aliás, cooptar é uma prática permanente desses governos. Mas é assim mesmo! Desde que me entendo de gente escuto falar que o povo é massa de manobra. E pelo jeito continuará sendo! É necessário, no entanto, apelar mais uma vez para a justiça e a paciência divina na esperança de que o discurso e as atitudes mudem e sinalize a fé de novos tempos. É o que todo mundo pensa, pelo menos a cada começo de ano, quando as esperanças se redobram e tudo parece recomeçar numa outra sintonia. Tomara!
Mesmo os mais otimistas, no entanto, não conseguem enxergar como mudar esse cenário de decepções diante tantas descrenças e arrependimentos. Isso, porém, não enfraquece em nada o pensamento do governante pelo estilo e maneira de se portar diante todos os fatos gerados em 2011. Além disso, em ano de campanha, a tendência é ficar mais maleável e “bonzinho” em relação às ações administrativas e a distribuição de mimos políticos. É bom lembrar que independente disso, a personalidade e o caráter não muda. Seu estilo é esse e pronto! Quem quiser que agüente as conseqüências e seu modo de governar. Está errado? Penso que não! Se assim fosse não teria sido reeleito prefeito e nem tão pouco chegaria ao Governo embora saibamos que se não fosse, de fato, o empurrão de Cássio Cunha Lima e Efraim Morais como aliados imprescindíveis para o sucesso de seu projeto, jamais chegaria ao poder. A sua tática, no entanto, fará com que seus aliados comecem a enxergar a sua verdadeira personalidade. É uma questão de tempo e por isso digo, sem medo de errar, que mais cedo ou mais tarde a corda quebrará de algum lado e o encanto desaparecerá. Podem escrever! Só acho, no entanto, que dificilmente isso acontecerá agora.
De acordo com o horóscopo chinês, 2012 será o ano do Dragão de Água. “É um ano de mudanças que nos convida a recomeçar, sermos prudentes e adaptáveis e a proteger-nos da doença e do desastre natural”. “É preciso preparar-se para agitações políticas e fenômenos naturais destrutivos”. O último ano do Dragão de Água foi em 1952, um período tumultuado na política com a morte do rei George VI do Reino Unido e da argentina Evita Péron, além da revolução boliviana, a retomada do poder pelo ditador Fulgencio Batista em Cuba, e o golpe de Estado do general Marcos Pérez-Jiménez na Venezuela. Foi um ano marcado pelo teste da bomba de hidrogênio e de vários acidentes marítimos, inundações, erupções vulcânicas e o tsunami e terremoto da península de Kamchatka, na Sibéria, de magnitude de 8,2 na escala Richter.
Na Paraíba, no entanto, o tsunami de 2012 será diferente. Podemos dizer que será o ano das cobras. E haja cobra engolindo cobra! Enquanto alguns conseguem sobreviver das picadas mortais de seus algozes outras preparam o bote futuro na certeza de não largar o poder. Nessa perspectiva a máquina governamental agirá como o verdadeiro tsunami mesmo que tenha de passar por cima da Justiça, do Ministério Público ou de qualquer que seja os poderes para conservar-se na mediocridade nefasta dos tapetes vermelhos do Paço Municipal e do Palácio da Redenção. É só aguardar para ver!