Manoel Júnior tem razão; PMDB também

Não tiro a razão do deputado federal Manoel Júnior em querer ser candidato a prefeito de João Pessoa em 2012. Afinal, como ele bem lembrou, na eleição passada o ex-governador José Maranhão forçou a barra para fazê-lo desistir da disputa, antes de entregar o PMDB nos braços do socialista Ricardo Coutinho.

 

Agora, que o PMDB sabe quem Ricardo é, nada mais justo que apoiar as pretensões de Júnior, que já foi prefeito de Pedras de Fogo, deputado estadual e vice-prefeito da Capital. Acumula experiência político-administrativa suficiente para dirigir os destinos dos pessoenses.

 

Mas, não é bem assim que a coisa funciona. Ninguém é candidato apenas por merecimento. Também não se ganha eleição somente “no peito e na raça”, usando a linguagem futebolística. É preciso também ter estrutura de campanha e, naturalmente, votos, muitos votos.

 

Não que Júnior não tenha. O homem já provou que é bom de urna e poderia surpreender os adversários contando com a estrutura do PMDB, considerado o maior partido da Paraíba. Mas, será que Júnior é o nome com mais chances de vitória do partido.

 

Bem, isso só saberíamos através de critérios previamente estabelecidos e não vejo até o presente melhor critério que as pesquisas de opinião pública. Mesmo com o descrédito popular que elas enfrentam. Bater chapa nunca foi a melhor opção.

 

Além disso, após a fragorosa derrota do ano passado, não sei se o PMDB pode se dar ao luxo de disputar as eleições municipais dividido e muito menos fracassar no principal reduto eleitoral do Estado.  

 

 

Privatizações

O prefeito Luciano Agra quer empurrar “goela abaixo” esse tal “projeto das privatizações”. A proposta chegou a CMJP no último dia 25, foi lida dia 26 e no dia 29 já tinha parecer pronto para ser votado na Comissão de Justiça, segundo denúncia do vereador Tavinho Santos (PTB).

 

Privatizações II

Além da tramitação meteórica do projeto, que já deve entrar em pauta para votação em plenário na sessão desta terça-feira, o prefeito e sua bancada fogem da discussão sobre o assunto como o Diabo corre da Cruz. Como se costuma dizer no Ponto de Cem Réis, “tem boi na linha”.