Dia desses, li artigo do companheiro Rubens Nóbrega elogiando a postura e o comportamento do deputado Luiz Couto, do PT. Antes disso, mais precisamente durante a campanha eleitoral de 2010, tive acesso à outra obra prima em que o conceituado colunista, de quem sou fã de carteirinha, justificava o voto em Couto.
De prima, como o próprio Rubens costuma assinalar, concordei com a justificativa. Não votei em Couto, mas acompanho seu trabalho desde a época em que o padre era deputado estadual. Aliás, foi a atuação parlamentar na Paraíba que garantiu a Couto expressiva votação e o mandato na Câmara Federal.
Talvez, por isso, estranhei e sequer acreditei nessa história de que o padre teria recorrido à cúpula do PT e à própria presidente Dilma Roussef para barrar a nomeação do deputado Manoel Júnior (PMDB) como ministro do Turismo.
Couto e Manoel Júnior são adversários políticos desde quando eram deputados estaduais. Talvez até antes. Mas nem isso seria suficiente para uma atitude dessas. Se for verdade, o padre petista não prejudicou Manoel Júnior. Prejudicou a Paraíba.
Se o deputado do PMDB enfrentava problemas éticos, ou de qualquer ordem (os quais desconheço), cabia ao Palácio do Planalto avaliar. Não a um parlamentar de nossa bancada, de nosso Estado, por mais adversário que fosse. Muito menos amparado em dossiês, mecanismos utilizados na época da ditadura, que Couto tanto combateu, para incriminar e entregar quem ousasse discordar do Regime.
Repito: prefiro não acreditar. Mas, se for verdade, o padre pecou duas vezes. Primeiro, porque agiu de forma vingativa. Segundo, porque sua vingança acabou deixando a Paraíba, que já é alvo constante de chacotas e denúncias em nível nacional, sem um ministro.
Na justiça
O prefeito Luciano Agra conseguiu, enfim, aprovar na Câmara Municipal projeto que legaliza as tais Organizações Sociais. Mas a polêmica, ao que parece, não chegou ao fim. O Fórum em Defesa do SUS e a Frente Nacional Contra a Privatização da Saúde pretendem entrar na justiça contra a decisão.
E manter os protestos.
Mudança de partido
A ex-vereadora Nadja Palitot entregou carta de desfiliação à direção do PSL. Sem destino aparente, Nadja pode desembarcar no PMDB pelas mãos do ex-governador José Maranhão.
Para tentar voltar à Câmara Municipal.
Investigar tudo ou apenas parte
O governador Ricardo Coutinho mostrou-se favorável a instalação de uma CPI para apurar irregularidades no Hospital de Trauma. Só não disse se as investigações abrangeriam também sua gestão e a de Cássio ou apenas a de Maranhão, como deseja o deputado Tião Gomes.
Para não causar mais trauma.
Falta tudo em Cabedelo
A sessão especial realizada pela Assembléia Legislativa, na tarde desta quarta-feira, mostrou que na cidade de Cabedelo não faltam apenas calçamento, esgoto e outras obras de infra-estrutura. Falta também o principal: um prefeito. José Régis sequer compareceu ao debate com os deputados.
Talvez por vergonha.