Vanderlan Farias

Agra entre a cruz e a espada

Um vereador da Situação, preocupado com o rumo que as coisas estão tomando, me questionava ontem sobre qual discurso o […]

Um vereador da Situação, preocupado com o rumo que as coisas estão tomando, me questionava ontem sobre qual discurso o prefeito Luciano Agra deveria adotar na campanha de reeleição. De imediato, respondi: o da continuidade.

Insatisfeito com a resposta, o parlamentar insistiu: Continuidade do que? Agra não tem nenhuma grande obra que possa citar como resultado dessa suposta continuidade. Depois, como dirá à população que é candidato de Ricardo Coutinho se o governador enfrenta um visível desgaste político e administrativo?  

De fato, essa obrigatoriedade de atrelamento ao projeto político do atual governador tem deixado aliados de Agra com os nervos à flor da pele. Entendem alguns defensores de sua reeleição, principalmente os pretensos candidatos à Câmara Municipal, que o atual prefeito deveria ter identidade própria, mesmo sem romper com o grupo de Ricardo.

Imaginemos um cenário com quatro candidatos a sucessão municipal: José Maranhão (PMDB), Cícero Lucena (PSDB) e um nome do PT, além do próprio Agra. Ninguém pode negar que os dois primeiros têm uma folha de serviços prestados à Paraíba, incluindo obras estruturantes em João Pessoa.

O candidato do PT, seja qual for, pode se pendurar no prestígio dos governos de Lula e Dilma para tentar chegar a um eventual segundo turno, como já ocorreu antes. E Agra, vai se contentar em expor o êxito da administração de RC quando foi prefeito ou assumir o ônus da desastrada gestão como governador?

Restam duas alternativas ao atual prefeito: buscar a execução de obras e serviços de porte que lhe garantam um discurso administrativo consistente e uma identidade própria ou esperar pelo milagre de uma recuperação do seu “guru” político até a campanha do ano que vem. Enfim, Agra parece estar entre a cruz e a espada.

Efeitos do Caso Cuiá

Além do ônus da desgastada administração estadual de RC, Luciano Agra agora enfrenta o dissabor dos seus próprios pesadelos. Terá que se livrar, por exemplo, dessa acusação de superfaturamento no Caso da Fazenda Cuiá. Todos sabiam quem ia pagar por aquela nebulosa operação.

Primeiro, veio a bonança. Agora, a tempestade.

Efeitos do Caso Cuiá II

A propósito, pedido de CPI pode desembarcar nas próximas horas, na Câmara Municipal de João Pessoa. Também para investigar a denúncia do MPE, no “Caso Cuiá”, contra o prefeito Luciano Agra.

O bombardeio é grande. 

CPI dos Outdoors

A Assembléia Legislativa também deve instalar, nesta quarta-feira, a CPI dos Outdoors. A decisão foi anunciada pelo presidente Ricardo Marcelo (PSDB), após reunir o Colegiado de Líderes. É bom que o resultado das investigações seja exposto à população.

De preferência, em outdoors.

Cássio x Santiago

A batalha entre o ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB) e o senador Wilson Santiago (PMDB) continua no Supremo Tribunal Federal. Só que agora em dose dupla. Além da disputa pelo mandato, Cássio entrou com ação contra Santiago, acusando-o de crimes contra a honra. Rescaldo da matéria publicada por Istoé onde o peemedebista é denunciado por sonegar R$ 34 milhões.

Renato confiante

O prefeito de Alhandra, Renato Mendes (DEM), está confiante quanto ao julgamento do processo que pede a cassação de seu mandato pelo TRE, nesta terça-feira. Acusado de compra de votos nas eleições de 2008, Renato foi absolvido em primeira instância com parecer do MPE a seu favor. “Confio na justiça”, afirmou.

COMPARTILHE

Bombando em Vanderlan Farias

1

Vanderlan Farias

Abuso de autoridade não rima com segurança

2

Vanderlan Farias

PV está “rachado” ao meio; família Soares também

3

Vanderlan Farias

Depois do PT, PC do B também abandona Estelizabel Bezerra

4

Vanderlan Farias

Venceu a democracia; cuidado com as aves de rapina

5

Vanderlan Farias

DISCURSO X TRABALHO: Unimed terá eleição plebiscitária