Vanderlan Farias
O cantor e compositor pernambucano (coincidência) Alceu Valênça nem imaginava que uma de suas músicas seria tão tocada durante a campanha eleitoral de 2010 na Paraíba. Mas foi. O girassol, uma linda flor de cor amarela alaranjada, principal referência da canção homônima, também foi adotada como símbolo da campanha do então candidato e atual governador, Ricardo Coutinho, do PSB.
A proposta de mudança nas tradições políticas casou com a beleza da melodia, que caiu na boca do povo. Tanto que era uma das mais executadas em comícios e outras manifestações públicas de campanha do socialista.
A campanha acabou e Ricardo venceu a eleição. A música de Alceu continua tocando, mas não entre os socialistas. Ao invés do tom romântico e apelativo, o que se ouve agora, de forma pública, são pesadas denúncias contra a gestão do atual governador.
O símbolo de campanha também virou alvo de chacota. O deputado André Gadelha, líder da Oposição, chegou a chamar o governo Ricardo Coutinho de “girassol de escândalos”, referindo-se à quantidade de denúncias elencadas contra o atual gestor.
Alceu, que chegou a participar das “Muriçocas Socialistas”, no Miramar, também deve estar decepcionado, a exemplo de milhares de paraibanos que entoaram sua canção durante a campanha. Não com a música, mas com um sonho que virou pesadelo.
CCJ vota MP do Trauma
A Comissão de Constituição e Justiça da Assembléia Legislativa deve votar, nesta quarta-feira, a Medida Provisória do governador Ricardo Coutinho que ampara o contrato de gestão do Hospital de Trauma com a Cruz Vermelha. Na CCJ, são três governistas e três oposicionistas.
O presidente Janduhy Carneiro (PPS) vai decidir a parada.
A favor, mas depende
Janduhy ainda não declarou publicamente sua posição. A alguns colegas, entretanto, tem dito que pode até atestar a constitucionalidade da MP na CCJ, mas, em plenário, vai aguardar os argumentos do Governo do Estado para decidir o voto.
Está em cima do muro.
Ainda os outdoors
Outra questão polêmica a ser decidida nesta quarta-feira é a instalação da CPI dos Outdoors. Se ficar com a presidência, é provável que a bancada de Oposição, que propôs a comissão, abra mão da relatoria para a Situação.
Caso contrário, fica difícil acordo.
Disputa em Cabedelo
Uma fonte da cidade portuária informou ontem que o diretório municipal do PT não aceita a postulação do deputado Anísio Maia porque já teria fechado acordo com, Luceninha, que nem do partido é. Mesmo assim, Anísio garante que vai morar e disputar a sucessão em Cabedelo.
É mais uma briga no PT.