Vanderlan Farias

Cássio pisa; Cícero dá “tapa de luva”

O senador Cícero Lucena tem atitudes, digamos assim, pouco convencionais para a atividade política. Traição e vingança são artifícios que […]

O senador Cícero Lucena tem atitudes, digamos assim, pouco convencionais para a atividade política. Traição e vingança são artifícios que o parlamentar tucano costuma desprezar, mesmo quando é traído ou vítima de ato vingativo. Tem sido essa, por exemplo, a tônica do relacionamento de Cícero com o senador Cássio Cunha Lima.

Todos sabem que Cícero abriu mão de ser governador para dar vez a Cássio, em 2002. Reeleito em 2006, Cássio foi cassado e Cícero continuou ao seu lado, fazendo oposição ao governo de José Maranhão (PMDB), que assumiu o mandato como segundo colocado. Cássio foi humilhado e teve que morar nos Estados Unidos com a pecha de governador cassado por corrupção eleitoral.

De volta ao Brasil, traiu Cícero ao estimular suas pretensões de ser candidato a governador e fechar acordo, logo em seguida, com o maior adversário do tucano, Ricardo Coutinho, durante a campanha para as eleições de 2010. Cícero pediu votos para o ex-governador José Maranhão (PMDB) no segundo turno, é verdade. Mas o que mais poderia fazer? Observar de camarote a eleição do seu principal adversário com apoio do seu principal aliado? Seria demais! Bem, Ricardo foi eleito. Cássio também, mas a Lei da Ficha Limpa o impediu de assumir o mandato de senador.

Um ano depois, o STF decide liberar Cássio para tomar posse. A comemoração de Cássio não poderia ser diferente. Foi para Campina Grande, sua terra natal, rasgar elogios a quem? Ricardo Coutinho. De quebra, ainda enalteceu o trabalho do prefeito Luciano Agra, provável adversário direto de Cícero em 2012. Achou pouco, mandou vários recados ao senador tucano, incluindo a disposição de tomar-lhe, por bem ou por mal, a direção do PSDB.

O que Cícero fez? O de sempre. Parabenizou Cássio publicamente, brigou com José Sarney e outros peemedebistas para agilizar a posse do colega no Senado e, de quebra, ainda se indispôs com o peemedebista Wilson Santiago, que perdeu o mandato.

Enquanto Cássio hostiliza, Cícero ameniza. Vamos ver qual dos dois cansa primeiro. Enquanto isso, a roda gigante da política continua girando.

Felipe garante candidatura pelo PP

O vereador Felipe Leitão telefona para assegurar que vai disputar as eleições de 2012 em João Pessoa. Ao contrário do que dizem dirigentes do partido na Paraíba, Felipe garante estar filiado ao PP, documentalmente, seja na direção nacional, na estadual ou na municipal. Também afirma ter seu nome registrado no TSE e no TRE. Se for assim, continua no páreo para renovar o mandato no ano que vem.

Socorro aos servidores

Piadinha maldosa que corria ontem no Centro Administrativo do Estado, em Jaguaribe. Já que Cássio e Veneziano se uniram em prol da instalação de uma unidade da AACD (Entidade de Ajuda aos Deficientes) na Paraíba, deveriam lutar também para criação de uma AASP (Associação de Ajuda aos Servidores Públicos). O governador Ricardo Coutinho certamente não seria bem recebido na inauguração.

Trauma x Trauminha

Circulou a informação de que estaria declarada uma verdadeira guerra entre os hospitais de Trauma e o Trauminha, em Mangabeira. Um estaria recusando pacientes indicados pelo outro. Seria uma espécie de disputa por competência. Se for verdade, isso mostra como anda traumática a situação da área de saúde na Paraíba.

Rômulo não é candidato

O presidente do Aeroclube da Paraíba, Rômulo Carvalho, filiou-se ao PMDB atendendo a convite do governador José Maranhão, mas não será candidato a vereador, como andam especulando. Rômulo vai apoiar o cunhado, Rogério Trócolli, na disputa por vaga na Câmara Municipal de João Pessoa. Em nome da família.  

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