Não fossem compromissos familiares e partidários previamente assumidos, eu apostaria todas as fichas que o nome mais provável para ser indicado candidato do PMDB ao Governo do Estado em 2014 é o do senador Vital do Rego Filho e não do seu irmão, Veneziano Vital do Rego. Pelo menos, a preço de hoje.
Nada contra o atual prefeito de Campina Grande, que atravessa a melhor fase de sua carreira política, com grandes chances, inclusive, de eleger o sucessor. Mas, é inegável que o desempenho do mandato de Vital, em Brasília, vem ofuscando até mesmo o brilho administrativo do “Cabeludo”.
Indicado para presidir a poderosa Comissão Mista de Orçamento logo no primeiro ano de mandato, Vitalzinho aproveitou a oportunidade para se projetar nacionalmente, visitando os estados e coletando sugestões nas Assembléias Legislativas para elaborar o OGU de 2012. A Paraíba, claro, fez parte do roteiro.
Não foi só isso. Vital também colheu dividendos políticos ao apresentar relatório defendendo a divisão dos famosos royalties do pré-sal para todos os estados e não apenas para os produtores de petróleo. Enfrentou artilharia pesada de estados fortes política e economicamente, como o Rio de Janeiro.
Manteve a posição, mesmo com toda polêmica que causou. Com a postura conciliadora, porém firme, Vital acabou caindo nas graças até do presidente do Senado, José Sarney, que chegou a falar em tê-lo como sucessor.
Não é pouco para quem era a segunda opção da família e do PMDB para integrar a chapa majoritária que disputou as eleições de 2010. Veneziano, naquela ocasião, rejeitou ser candidato a vice ou a senador para indicar o irmão, eleito como o segundo mais votado para o Senado. Para muitos, uma surpresa. Tanto a indicação quanto a eleição.
Agora, apesar de indicado pré-candidato do PMDB para o governo em 2014, Vené tem pelo menos dois grandes desafios para consolidar tal projeto: eleger o sucessor contra um candidato apoiado por Cássio Cunha Lima e manter a popularidade atual entre janeiro de 2013, quando deixar o mandato, e junho de 2014, quando os partidos farão suas convenções para homologar candidaturas. Não é fácil, convenhamos.
Com mais sete anos de mandato pela frente, Vitalzinho, ao contrário do irmão, precisa apenas manter o atual desempenho parlamentar e garantir visibilidade às suas ações, coisa que vem tendo de sobra ultimamente, esteja em Brasília ou na Paraíba.
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Só Ricardo não sabe
O coronel Euller Chaves, comandante da Polícia Militar da Paraíba, disse, com todas as letras, o que só o governador Ricardo Coutinho não sabe. Ou, se sabe, não quer nem saber. Faltam não apenas melhorias salariais, mas principalmente condições de trabalho para os policiais paraibanos.
Desabafo
Quem conhece o coronel Euller, filho do também coronel Marcílio Chaves, sabe que em suas declarações não há qualquer tipo de insubordinação, mas sim um tom de desabafo ecoado em todas as instâncias policiais. Não precisa ser oficial para saber como anda a nossa segurança pública.
Tarcísio de volta
O ex-deputado Tarcísio Marcelo quer retornar à vida pública em 2012 disputando mandato de prefeito em sua terra natal, Belém, no Brejo paraibano, cidade que administrou por três mandatos. Tarcísio é irmão do presidente da Assembléia Legislativa, Ricardo Marcelo.
Aguardando provas
O presidente da CPI dos Outdoors, André Gadelha, acredita que o resultado da quebra dos sigilos bancário e telefônico de Jair Soares deve esclarecer muitas dúvidas ainda existentes sobre quem financiou a publicidade difamatória contra parlamentares da oposição.