Vanderlan Farias

Deputados ignoram “bravatas” de RC e insistem na CPI dos Livros

Deputados de oposição reagiram com indiferença às ameaças do governador Ricardo Coutinho (PSB) de usar artilharia pesada para combater a […]

Deputados de oposição reagiram com indiferença às ameaças do governador Ricardo Coutinho (PSB) de usar artilharia pesada para combater a CPI dos Livros e processar quem o caluniar, a partir de agora. Ignorando o que considera “bravatas”, Raniery Paulino (PMDB) insistiu na necessidade de investigar as denúncias do empresário Daniel Cosme, que apontam para um suposto esquema de corrupção na Prefeitura de João Pessoa, quando Ricardo era prefeito.

Mesma postura adotada por Luciano Cartaxo e Anísio Maia, do PT, além do líder André Gadelha (PMDB). Enfim, toda a bancada oposicionista parece afinada com a idéia de levar à frente o processo de apuração do já carimbado “Escândalo dos Livros”. E se não houver qualquer contratempo, o requerimento com mais de doze assinaturas, número mínimo necessário, deve ser apresentado na sessão ordinária desta terça-feira, citando como fato determinante as declarações e documentos apresentados pelo dono da New Life – Distribuidora de Livros, na recente audiência pública realizada pela Assembléia Legislativa.

Semelhante ao que aconteceu com os outdoors, os governistas tentam a todo custo impedir o início das investigações sobre o rumoroso caso livros, reforçando a convicção dos oposicionistas de que estão no caminho certo solicitando a CPI. As ameaças são apenas mais um ingrediente dessa queda de braço. Demandas judiciais podem ocorrer de um lado ou de outro. O que não pode é jogar para debaixo do tapete um suposto lixo que, antes mesmo de espalhado, já exala podridão em várias direções.

Se o Governo do Estado e seus aliados nada temem, deveriam apoiar a CPI ou pelo menos não trabalhar para impedi-la. É isso que espera o contribuinte, que sente no ar a suspeita de dinheiro público usado em benefício de uns poucos, e a própria sociedade paraibana. Qualquer cidadão tem direito à interpelar judicialmente quem denigre sua imagem, da mesma forma que todo gestor tem obrigação de aplicar corretamente os recursos públicos.  

 

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