Vanderlan Farias

Quebra de sigilos deve esclarecer “Escândalo dos Livros”

Depois da “lavagem de roupa suja” protagonizada pelos empresários Daniel Cosme e Pietro Harley, na Câmara Municipal de João Pessoa, […]

Depois da “lavagem de roupa suja” protagonizada pelos empresários Daniel Cosme e Pietro Harley, na Câmara Municipal de João Pessoa, não há mais o que esperar do chamado “Escândalo dos Livros” no âmbito do debate. A Situação se gaba de ter “desmoralizado” o denunciante, enquanto a Oposição sustenta que muita coisa ainda precisa ser esclarecida.

Não sei qual dos dois (Daniel ou Pietro) ficou mais desmoralizado. Portanto, a Situação tem razão, em parte. A Oposição, por sua vez, também tem razão quando cobra respostas para interrogações que ainda pairam no ar e independem da pouca vergonha e do cinismo dos dois principais atores desta trama.

Ninguém sabe ainda, por exemplo, que destino foi dado ao dinheiro pago pela Prefeitura de João Pessoa e sacado por Pietro na agência do Banco do Brasil de Taperoá. Também não se sabe por que a PMJP pagou parte do dinheiro em cheque, quando poderia ter optado por transferências eletrônicas diretamente para a conta do dono da New Life. Isso sem falar da procuração, dando poderes a Pietro para sacar o dinheiro, que Daniel e quem entende do assunto garantem ser falsa.

Não se sabe também que “atrativos” teriam levado Pietro a doar dinheiro para a campanha eleitoral do secretário Alexandre Urquisa, com quem disse ter pouco ou quase nenhum contato. Alegar que acreditava estar contribuindo para a eleição de um “grande deputado” é pura hipocrisia. Será que somente Urquisa e seus “cabelos brancos” teria semblante de um possível “grande deputado”? Claro que não. Afinal, quem vê cara, cabelo e bigode não vê coração.

Portanto, só resta agora esperar pelo resultado das investigações do Ministério Público e da Justiça. A quebra de sigilos fiscal, bancário e telefônico de acusados e acusadores contribuiria para solucionar o caso. E, no final, quem for podre que se quebre. Não pode é uma denúncia tão grave passar em branco.

Raíssa e sua claque

A vereadora Raíssa Lacerda (PSD) sempre reclamou de claques. Já foi vaiada e sabe como é ruim estar contra +a vontade da maioria. Não sei por que, na audiência pública de ontem, ela estava apoiando claques e vaias.

Ausência comentada

A Oposição ficou encucada com a ausência do ex-tesoureiro da Prefeitura de João Pessoa, Ricardo Madruga, na audiência pública sobre os livros.

Orçamento sem emendas

A Assembléia Legislativa deve votar na próxima terça-feira o Orçamento do Estado para 2012. Mas, sem as emendas que os deputados queriam emplacar e o Governo não deixou.

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