O Ministério Público Federal na Paraíba (MPF-PB) não descarta a possibilidade de enviar para a Polícia Federal os autos do procedimento que investiga supostas irregularidades e superfaturamento nas obras realizadas pela Prefeitura de João Pessoa na Lagoa e no Parque Sólon de Lucena, em João Pessoa. O procurador da República Yordan Moreira Delgado informou, por meio de sua assessoria, que o MPF está analisando os documentos recebidos da Controladoria Geral da União (CGU) sobre as irregularidades nas obras da Lagoa, para aprofundamento das investigações.
“Do ponto de vista técnico, foi feito o relatório pela CGU. Dentre as medidas investigativas, o MPF poderá solicitar informações, se necessário for, à prefeitura e a outros órgãos. Uma possível entrada da Polícia Federal no caso vai depender da apuração nas investigações iniciais. Se houver fortalecimento dos indícios da existência de crimes, provavelmente os autos serão encaminhados à PF”, disse Yordan.
De acordo com o relatório da CGU, teria havido superfaturamento nas obras da Lagoa e do túnel construído pela prefeitura. A gestão municipal afirma que foram retiradas 200 mil toneladas de lixo da Lagoa, mas não conseguiu comprovar à CGU.
O ClickPB também procurou saber do ministério responsável pela liberação dos recursos quais os encaminhamentos que estão sendo dados ao caso.
“O Ministério das Cidades tomou conhecimento do referido Relatório de Auditoria, e já oficiou tanto a Prefeitura Municipal de João Pessoa, quanto a Caixa Econômica Federal, na qualidade de Mandatária da União, instando-as a se manifestarem a respeito dos apontamentos indicados pela CGU”, informou o órgão da União que é comandado pelo companheiro de partido do prefeito Luciano Cartaxo (PSD), Gilberto Kassab.
“Quando receber as manifestações da Prefeitura e da CAIXA, o Ministério das Cidades avaliará quais as providências que deverão ser adotadas no sentido de dar continuidade ao empreendimento.